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Alegria, alívio e raiva marcam reação à morte de Bin Laden

Segunda-feira marca festa pela morte do homem mais odiado pelos norte-americanos

Americanos com cartazes comemoram a morte de Osama bin Laden  em Nova Yorque (Getty Images)

Americanos com cartazes comemoram a morte de Osama bin Laden em Nova Yorque (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2011 às 18h25.

Nova York - Sobreviventes e parentes de vítimas de atentados cometidos pela Al Qaeda reagiram com satisfação na segunda-feira à notícia de que Osama bin Laden foi morto, mas também expressaram raiva e tristeza pelos ataques.

Num parque em frente à Casa Branca e no Marco Zero de Nova York, terreno onde ficavam as torres gêmeas do World Trade Center, destruídas por militantes da Al Qaeda em 11 de setembro de 2001, muita gente festejava a morte do homem mais odiado pelos norte-americanos.

"Osama bin Laden tinha o sangue do demônio correndo por suas veias, e este é um dia feliz para nós", afirmou Rosemary Cain, que perdeu seu filho de 35 anos no World Trade Center.

Bin Laden foi baleado na cabeça por soldados norte-americanos que invadiram uma mansão onde ele estava, perto de Islamabad, capital do Paquistão, na noite de domingo. A ação encerrou dez anos de uma caçada ao militante de origem saudita.

Maureen Santora disse que seu filho, morto aos 23 anos no atentado de 2001, está "gritando e se divertindo no céu hoje".

Alguns parentes de vítimas estavam também indignados por saberem que Bin Laden vivia numa casa luxuosa, e não escondido numa caverna, conforme se imaginava. Outros reclamavam também do fato de seu corpo ter tido um tratamento digno.

Em meio à festa no Marco Zero, o bombeiro Michael Carroll, de 27 anos, cujo pai também bombeiro morreu naquele local em 2001, disse: "Nunca imaginei que ficaria animado com a morte de alguém. Finalmente aconteceu. É bom."

O eletricista John Cartier, de 42 anos, que sobreviveu aos ataques, mas perdeu um irmão, disse que "queria ter urinado sobre o corpo" de Bin Laden.


A notícia também fez algumas feridas serem reabertas, num momento em que os Estados Unidos se preparam para celebrar os dez anos do pior atentado já ocorrido em seu território.

A Associação dos Bombeiros Fardados da Grande Nova York lembrou que, desde o atentado -- em que 343 filiados morreram --, mais de cem bombeiros já morreram devido à exposição a substâncias tóxicas no 11 de Setembro, e muitos outros estão cronicamente doentes.

Houve também quem recebesse a notícia com relativa indiferença. Vendo as celebrações de Nova York pela TV, Donna Marsh O'Connor, que perdeu uma filha grávida no 11 de Setembro, disse: "Osama bin Laden está morto, e minha filha também. A morte dele não a traz de volta. Não somos uma família que celebre mortes, não importa de quem seja".

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