Alckmin negociará com Dilma novo trajeto para trem-bala
O próximo governo paulista quer que o trem-bala deixe de passar pelos Aeroportos de Viracopos, em Campinas, e Cumbica, em Guarulhos
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2010 às 21h27.
São Paulo - O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai negociar com o governo federal e a equipe de transição de Dilma Rousseff (PT) mudanças no traçado do Trem de Alta Velocidade (TAV). O próximo governo paulista quer que o TAV deixe de passar pelos Aeroportos de Viracopos (Campinas) e Guarulhos. A ligação deles com São Paulo seria feita por um trem expresso separado, que trafegaria a 160 km/h.
O atual traçado do TAV prevê ligar Campinas ao Rio de Janeiro, passando obrigatoriamente por São Paulo e por Guarulhos no caminho. Mas, para a equipe que trabalha na transição do governo estadual, a melhor maneira de organizar o transporte entre os dois aeroportos e São Paulo é por meio de um trem regional, que poderia ser mais barato e ter saídas mais frequentes.
A ideia é que o TAV saia de São Paulo e, no caminho para o Rio, só tenha paradas depois da Região Metropolitana. A iniciativa privada seria responsável pela construção e administração da linha, que custaria por volta de R$ 3,5 bilhões.
Expresso Aeroporto
Caso a mudança no traçado do TAV seja aprovada, Alckmin deverá retomar um projeto que foi abandonado pelo atual governador, Alberto Goldman (PSDB). Trata-se do Expresso Aeroporto, um trem direto entre o centro de São Paulo e o Aeroporto de Guarulhos, cuja licitação não foi aberta mesmo após o edital ter sido lançado no fim do ano passado.
O motivo do abandono, segundo Goldman, havia sido a indefinição da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) sobre o terceiro terminal de Guarulhos - o que foi negado pela estatal. Agora, no entanto, o governador eleito pretende retomar o projeto, caso as negociações com o governo federal avancem. “O trem regional pode sair em intervalos até duas vezes menores que o TAV, de 10 em 10 minutos”, disse Jurandir Fernandes, líder da equipe de transição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.