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Al Qaeda multiplica ataques no Iêmen: 103 soldados mortos

O novo presidente do país fez da luta contra a Al Qaeda uma prioridade de seu mandato de dois anos

Tropas iemenitas patrulham ruas da cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan, que a Al Qaeda controla desde maio de 2011 (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2012 às 10h59.

Aden - Mais de 100 soldados morreram no Iêmen em um ataque atribuído à Al Qaeda e chamado de "massacre" em um país que acaba de viver uma transição política com a saída do ex-presidente Ali Abdullah Saleh.

O novo presidente, Abd Rabbo Mansur, fez da luta contra a Al Qaeda uma prioridade de seu mandato de dois anos.

Mas no mesmo dia em que tomou posse, 25 de fevereiro, a rede terrorista matou em Mukalla (sudeste) 26 soldados da Guarda Republicana, corpo de elite do Exército.

Desde então, as ações atribuídas à Al Qaeda se tornaram mais intensas, até que no domingo um grande ataque contra um quartel de Kud, na província de Abyan (sul), matou 103 soldados e deixou dezenas de feridos.

Vinte e cinco membros da rede extremista também morreram nos combates posteriores na cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan, que a Al Qaeda controla desde maio de 2011.

"Nesta nova situação, a Al Qaeda faz demonstrações de força para dizer que a rede é capaz de resistir a qualquer ofensiva maior", afirma o analista iemenita Mayed al-Mabjahi.

O novo presidente trabalha para reestruturar o Exército, que registrou muitas divergências durante um ano de protestos contra Saleh. Algumas unidades, como a primeira divisão blindada sob o comando de Mohsin al-Ahmar, se aliaram aos opositores, enquanto a Guarda Republicana, liderada por Ahmed, filho de Saleh, permaneceu fiel ao regime.

Uma das primeiras medidas adotadas por Mansur foi substituir o comandante das unidades do sul, consideradas muito ligadas ao ex-presidente e suspeitas de conspiração com a Al Qaeda no ataque contra Kud.

Saleh sempre se apresentou como um aliado dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo, mas os críticos o acusam de ter permitido a presença da rede extremista para depois aparecer ante o Ocidente como um baluarte contra a Al Qaeda.

Segundo uma fonte militar, que citou um massacre, os soldados de Kud foram vítimas de um ataque surpresa dos "partidários da sharia", um grupo vinculado à Al Qaeda.

Alguns soldados sobreviventes do ataque afirmaram que os criminosos tinham cúmplices entre os militares em Kud.

Os terroristas capturaram 56 soldados e levaram armas e munições.

Depois do ataque contra Kud, combates foram registrados na área de Zinjibar entre soldados e combatentes da Al Qaeda, e quatro insurgentes foram mortos.

A Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), resultado da fusão dos braços saudita e iemenita da organização, aproveitou a fragilidade do poder em Sanaa em consequência da revolta de quase um ano contra Saleh para reforçar sua presença no sul e leste.

Além de Zinjibar, os combatentes da Al Qaeda controlam algumas localidades do sul e o Exército não consegue expulsá-los destas áreas.

O governo dos Estados Unidos assessora e fornece material aos iemenitas para o combate à Al Qaeda. Incursões atribuídas por militares do Iêmen aos americanos são executadas contra a Al Qaeda no país, o que Washington não reconhece.

Para complicar ainda mais o cenário, o poder central enfrenta um movimento separatista no sul e uma rebelião xiita na região norte.

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Aden - Mais de 100 soldados morreram no Iêmen em um ataque atribuído à Al Qaeda e chamado de "massacre" em um país que acaba de viver uma transição política com a saída do ex-presidente Ali Abdullah Saleh.

O novo presidente, Abd Rabbo Mansur, fez da luta contra a Al Qaeda uma prioridade de seu mandato de dois anos.

Mas no mesmo dia em que tomou posse, 25 de fevereiro, a rede terrorista matou em Mukalla (sudeste) 26 soldados da Guarda Republicana, corpo de elite do Exército.

Desde então, as ações atribuídas à Al Qaeda se tornaram mais intensas, até que no domingo um grande ataque contra um quartel de Kud, na província de Abyan (sul), matou 103 soldados e deixou dezenas de feridos.

Vinte e cinco membros da rede extremista também morreram nos combates posteriores na cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan, que a Al Qaeda controla desde maio de 2011.

"Nesta nova situação, a Al Qaeda faz demonstrações de força para dizer que a rede é capaz de resistir a qualquer ofensiva maior", afirma o analista iemenita Mayed al-Mabjahi.

O novo presidente trabalha para reestruturar o Exército, que registrou muitas divergências durante um ano de protestos contra Saleh. Algumas unidades, como a primeira divisão blindada sob o comando de Mohsin al-Ahmar, se aliaram aos opositores, enquanto a Guarda Republicana, liderada por Ahmed, filho de Saleh, permaneceu fiel ao regime.

Uma das primeiras medidas adotadas por Mansur foi substituir o comandante das unidades do sul, consideradas muito ligadas ao ex-presidente e suspeitas de conspiração com a Al Qaeda no ataque contra Kud.

Saleh sempre se apresentou como um aliado dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo, mas os críticos o acusam de ter permitido a presença da rede extremista para depois aparecer ante o Ocidente como um baluarte contra a Al Qaeda.

Segundo uma fonte militar, que citou um massacre, os soldados de Kud foram vítimas de um ataque surpresa dos "partidários da sharia", um grupo vinculado à Al Qaeda.

Alguns soldados sobreviventes do ataque afirmaram que os criminosos tinham cúmplices entre os militares em Kud.

Os terroristas capturaram 56 soldados e levaram armas e munições.

Depois do ataque contra Kud, combates foram registrados na área de Zinjibar entre soldados e combatentes da Al Qaeda, e quatro insurgentes foram mortos.

A Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), resultado da fusão dos braços saudita e iemenita da organização, aproveitou a fragilidade do poder em Sanaa em consequência da revolta de quase um ano contra Saleh para reforçar sua presença no sul e leste.

Além de Zinjibar, os combatentes da Al Qaeda controlam algumas localidades do sul e o Exército não consegue expulsá-los destas áreas.

O governo dos Estados Unidos assessora e fornece material aos iemenitas para o combate à Al Qaeda. Incursões atribuídas por militares do Iêmen aos americanos são executadas contra a Al Qaeda no país, o que Washington não reconhece.

Para complicar ainda mais o cenário, o poder central enfrenta um movimento separatista no sul e uma rebelião xiita na região norte.

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