Al Qaeda estende seu domínio no noroeste da Síria
Localidades eram controladas até então por grupos rebeldes, incluindo do movimento Hazem, em parte armado pelos Estados Unidos
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2014 às 15h07.
Beirute - A Frente al-Nosra, facção síria da Al-Qaeda , expandiu seu território no noroeste da Síria ao tomar três localidades até então controladas pelos rebeldes moderados.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os jihadistas assumiram o controle de Sufuhun, Al-Fatira e Hizarin na província de Idleb, onde são registrados há uma semana confrontos com outros grupos moderados e islamitas.
Essas três localidades eram controladas até então por grupos rebeldes, incluindo do movimento Hazem, em parte armado pelos Estados Unidos.
Na semana passada, al-Nosra havia capturado a cidade de Khan al-Sobol após a retirada de membros do grupo Hazem, e um reduto de outro grupo moderado, a Frente Revolucionária Síria (FRS), na região de Jabal Jawiya, também localizada na província de Idleb.
Estas derrotas são um golpe para os esforços dos Estados Unidos de criar e liderar uma força rebelde moderada capaz de enfrentar o regime de Bashar al-Assad e também os jihadistas.
Os jihadistas apreenderam as armas do rebeldes de Hazem, de acordo com o OSDH, que não foi capaz de indicar se mísseis antitanque de fabricação americana também foram tomados.
Hazem recebeu em abril pelo menos 20 desses mísseis, de acordo com um oficial rebelde.
Até julho, a Frente al-Nosra e os rebeldes moderados e islâmicos combatiam lado ao lado contra o grupo ultrarradical Estado Islâmico (EI) e o regime. Mas desde o verão, os jihadistas voltaram suas armas contra seus antigos aliados por quererem criar um "emirado", aos moldes do "califado" do EI.
O FRS e Hazem, apoiado pelo Ocidente e países árabes, são favoráveis à criação de um Estado democrático na Síria, enquanto os combates da al-Nosra e do EI combatem para um Estado teocrático.
Em setembro, os Estados Unidos haviam anunciado a sua intenção de apoiar e treinar o FRS, uma aliança formada no final de 2013 em resposta à criação da Frente Islâmica (rebelião salafista islâmica) e Hazem, outra organização laica fundada em 2014.
Ainda na Síria, 40 combatentes foram mortos em confrontos entre as forças leias ao regime e a Frente al-Nosra apoiada por rebeldes islamitas no sul do país, perto do Líbano, segundo informações do OSDH.
"Ao menos 26 membros das Forças de Defesa Nacional (pró-regime) e 14 combatentes da Frente al-Nosra e rebeldes islamitas morreram em combates na quinta-feira na região de Beit Tima", de acordo com a ONG.
Esta região de maioria druza, no extremo sudoeste da província de Damasco, é placo de confrontos há um ano.
Trata-se do balanço mais pesado em um único dia desde o início da violência nesta zona, segundo o OSDH, que se baseia em uma ampla rede de informantes em toda a Síria.
Beirute - A Frente al-Nosra, facção síria da Al-Qaeda , expandiu seu território no noroeste da Síria ao tomar três localidades até então controladas pelos rebeldes moderados.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os jihadistas assumiram o controle de Sufuhun, Al-Fatira e Hizarin na província de Idleb, onde são registrados há uma semana confrontos com outros grupos moderados e islamitas.
Essas três localidades eram controladas até então por grupos rebeldes, incluindo do movimento Hazem, em parte armado pelos Estados Unidos.
Na semana passada, al-Nosra havia capturado a cidade de Khan al-Sobol após a retirada de membros do grupo Hazem, e um reduto de outro grupo moderado, a Frente Revolucionária Síria (FRS), na região de Jabal Jawiya, também localizada na província de Idleb.
Estas derrotas são um golpe para os esforços dos Estados Unidos de criar e liderar uma força rebelde moderada capaz de enfrentar o regime de Bashar al-Assad e também os jihadistas.
Os jihadistas apreenderam as armas do rebeldes de Hazem, de acordo com o OSDH, que não foi capaz de indicar se mísseis antitanque de fabricação americana também foram tomados.
Hazem recebeu em abril pelo menos 20 desses mísseis, de acordo com um oficial rebelde.
Até julho, a Frente al-Nosra e os rebeldes moderados e islâmicos combatiam lado ao lado contra o grupo ultrarradical Estado Islâmico (EI) e o regime. Mas desde o verão, os jihadistas voltaram suas armas contra seus antigos aliados por quererem criar um "emirado", aos moldes do "califado" do EI.
O FRS e Hazem, apoiado pelo Ocidente e países árabes, são favoráveis à criação de um Estado democrático na Síria, enquanto os combates da al-Nosra e do EI combatem para um Estado teocrático.
Em setembro, os Estados Unidos haviam anunciado a sua intenção de apoiar e treinar o FRS, uma aliança formada no final de 2013 em resposta à criação da Frente Islâmica (rebelião salafista islâmica) e Hazem, outra organização laica fundada em 2014.
Ainda na Síria, 40 combatentes foram mortos em confrontos entre as forças leias ao regime e a Frente al-Nosra apoiada por rebeldes islamitas no sul do país, perto do Líbano, segundo informações do OSDH.
"Ao menos 26 membros das Forças de Defesa Nacional (pró-regime) e 14 combatentes da Frente al-Nosra e rebeldes islamitas morreram em combates na quinta-feira na região de Beit Tima", de acordo com a ONG.
Esta região de maioria druza, no extremo sudoeste da província de Damasco, é placo de confrontos há um ano.
Trata-se do balanço mais pesado em um único dia desde o início da violência nesta zona, segundo o OSDH, que se baseia em uma ampla rede de informantes em toda a Síria.