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Ahmadinejad diz que intervenção militar na Líbia pioraria a situação

O governante do Irã também condenou os bombardeios promovidos por Kadafi

Ahmadinejad disse que a atuação do líder líbio, Muammar Kadafi, é inaceitável (Getty Images)

Ahmadinejad disse que a atuação do líder líbio, Muammar Kadafi, é inaceitável (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2011 às 08h21.

Madri - O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, demonstrou nesta terça-feira ser contrário a uma intervenção militar estrangeira na Líbia por considerar que pioraria a situação, ao tempo que afirmou que "quem bombardeia o seu povo, tem que ser condenado".

"Se eles não intervierem nos assuntos da Líbia, eu acho que o povo líbio pode decidir seu futuro. As intervenções ocidentais vão piorar a situação", disse o presidente iraniano em uma entrevista à emissora pública "Televisión Española".

Ahmadinejad assegurou ainda que a atuação do líder líbio, Muammar Kadafi, "não é aceitável".

Durante a entrevista, o presidente iraniano ressaltou que a situação que estão vivendo os países árabes são "consequência" das atuações do passado.

"Quem forneceu armamentos ao Governo líbio? Eles compraram esses armamentos dos africanos, do Governo do Japão, de quem? De ninguém?", questionou-se ironicamente Ahmadinejad. "Essa situação atual é o produto da intervenção dos Estados Unidos e da Europa, e infelizmente ainda estão fazendo intervenções nos assuntos da região".

Ao ser perguntado sobre a posição do Irã a respeito de uma zona de exclusão aérea na Líbia, Ahmadinejad insistiu que isso complicaria a situação.

"Os ocidentais devem deixar de lado a visão colonialista, porque é preciso encontrar um diálogo direto com o povo. Isso é viável. Não intervenham", exclamou o líder iraniano, que declarou ainda que, "em todos os lugares do mundo, é preciso respeitar a opinião do povo".

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