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Agência da ONU alerta que Harvey é "pior cenário de pesadelo"

Muito foi aprendido com o furacão Katrina, mas os serviços de meteorologia foram obrigados a introduzir novas categorias, segundo porta-voz

Tempestade Harvey: "nunca se viu enchentes acima de 76 centímetros", afirmou porta-voz (Nick Oxford/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de agosto de 2017 às 09h47.

Última atualização em 29 de agosto de 2017 às 09h48.

Genebra - A inundação provocada pela tempestade tropical Harvey, que se move ao longo da costa do Texas em direção à Luisiana, é o "pior cenário de pesadelo possível". O alerta foi feito nesta terça-feira pela Organização Meteorológica Mundial, que reconhece a gravidade da tempestade.

"Trata-se da combinação de todas as coisas que poderiam dar errado", disse Clare Nullis, porta-voz da entidade ligada à ONU.

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Segundo ela, a tempestade atinge hoje um território equivalente ao da Espanha. "Os impactos ainda são desconhecidos", afirmou. "Os rios vão continuar a subir e não vimos ainda o final desse desastre", alertou Clare Nullis.

De acordo com a porta-voz, muito se aprendeu com o furacão Katrina, especialmente sobre evacuação e previsões. Mas, ainda assim, os serviços de meteorologia foram obrigados a introduzir novas categorias. "Nunca se viu enchentes acima de 76 centímetros", disse.

Harvey perdeu força e passou a ser uma tempestade tropical. "Mas o que é pouco comum é que ela se move de forma lenta. Parece ter parado na costa do Texas e se sentou ali, o que fez o impacto ser ainda maior", declarou. "O que vemos é que os ventos perderam força. Mas não a chuva", explicou.

Para a entidade, porém, não se pode concluir ainda que mudanças climáticas são responsáveis pelos acontecimentos no Texas. "Mudanças climáticas não causam ciclones tropicais. Mas o fato de termos mudanças climáticas, quando se tem um ciclone ou tempestade, pode levar a um aumento das chuvas. Mas isso ainda não é algo que possamos confirmar", completou.

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