Membros do Grupo de Segurança Aérea da Polícia das Filipinas patrulha o Aeroporto Internacional de Manila: os passaportes dos viajantes devem ser analisados mais detalhadamente (REUTERS/Romeo Ranoco)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 06h53.
Manila - O Aeroporto Internacional de Ninoy Aquino, em Manila, a capital das Filipinas, anunciou nesta quarta-feira que intensificará o controle de passaportes e as medidas de segurança após o desaparecimento do avião de Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo, que sumiu dos radares há cinco dias.
A decisão é uma consequência direta do desaparecimento do Boeing malaio que tinha duas pessoas com passaportes roubados entre os passageiros, o que evidenciou as falhas nos sistemas de segurança dos aeroportos e que, por sua vez, intensificou a hipótese de que o avião pode ter sido alvo de um atentado terrorista.
Por isso, o chefe de Imigração das Filipinas, Siegfred Mison, ordenou que a Divisão de Operações do Aeroporto analisasse mais detalhadamente os passaportes dos viajantes, com o objetivo de lutar contra o tráfico humano e o terrorismo, informou hoje o jornal filipino 'The Star'.
Além disso, todos os passageiros serão submetidos a uma revista obrigatória de sua bagagem de mão e a um controle mais rigoroso, enquanto duas pessoas ficarão a cargo das análises nas máquinas de raio X.
Segundo o assistente do diretor-geral da Autoridade do Aeroporto Internacional de Manila, Vicente Guerzon, essas medidas mais rigorosas serão executadas durante as 24 horas do dia.
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur às 0h41 locais do último sábado (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada em Pequim cerca de seis horas mais tarde, mas desapareceu do radar uma hora depois da decolagem.
Uma frota internacional aviões e embarcações rastreiam uma superfície de 500 mil milhas náuticas quadradas (1,71 milhões de quilômetros quadrados) em busca do Boeing desaparecido.
A operação, na qual participam Austrália, China, Estados Unidos, Filipinas, Índia, Indonésia, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura, Tailândia, Vietnã e Japão também não recolheu nenhum sinal dos aparelhos eletrônicos do avião que supostamente deveriam emitir um alerta em caso de perigo ou acidente.
No avião viajavam 239 ocupantes, 227 passageiros, entre eles duas crianças, e uma tripulação de 12 malaios.