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Advogados suecos de Assange querem interrogatório em Londres

Advogados suecos do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pediram que o cliente seja interrogado na embaixada do Equador em Londres, onde ele está recluso

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange: Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012 (Geoff Caddick/AFP)

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange: Assange está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012 (Geoff Caddick/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 09h35.

Estocolmo - Os advogados suecos do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pediram nesta quarta-feira que o cliente seja interrogado na embaixada do Equador em Londres, onde ele está recluso, sobre as acusações de estupro que pesam contra ele na Suécia.

Assange está refugiado nesta embaixada desde junho de 2012 para evitar uma extradição à Suécia, onde duas mulheres o acusam de agressão sexual. O australiano teme que posteriormente o extraditem da Suécia aos Estados Unidos, onde seria condenado por espionagem pelas revelações do WiliLeaks.

Seus advogados, Thomas Olsson e Per Samuelsson, criticaram em um artigo publicado pelo jornal Svenska Dagbladet a obstinação dos juízes suecos de interrogá-lo na Suécia.

"Marianne Ny (a procuradora sueca encarregada do caso) se nega a ir a Londres. Não faz nada. As justificativas racionais de sua passividade são difíceis de explicar", declararam no artigo.

Os advogados lembram que, segundo o procedimento penal sueco, os interrogatórios das investigações preliminares devem ocorrer "no momento e no local que causem os menores danos possíveis à pessoa que deve ser interrogada".

"Supondo que a promotoria não julgue antecipadamente a questão da culpa e esteja disposta a ser objetiva sobre as declarações, é evidente que um interrogatório de Julian Assange seria útil para todo mundo, incluindo as denunciantes", disseram os advogados.

Duas mulheres de 30 anos acusam Assange de quatro crimes de agressão sexual, incluindo um estupro supostamente cometido na região de Estocolmo em 2010. O caso está em ponto morto, e os juízes suecos consideram que Assange, que alega ser inocente, só pode ser interrogado na Suécia.

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