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Advogados denunciam destruição de provas em julgamento de Mubarak

Defensores das vítimas reclamaram que provas que incriminam o ex-ditador foram destruídas

Mubarak chega de maca para seu julgamento no Cairo (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h33.

Cairo - Os advogados das vítimas da revolução egípcia apresentaram nesta segunda-feira provas que envolvem o ex-presidente Hosni Mubarak na morte de manifestantes e denunciaram a destruição de material que confirma esta acusação.

Em uma nova sessão do julgamento, os defensores fizeram referência aos discursos de Mubarak durante a revolução que demonstram que o ex-presidente sabia que a polícia reprimia as revoltas e que incitava isso, explicou à Agência Efe um dos advogados das vítimas, Ashraf Atwa.

Mubarak, de 83 anos, está sendo processado junto com o ex-ministro do Interior Habib Al Adly e seis de seus ajudantes pelo suposto envolvimento na morte de centenas de manifestantes que saíram às ruas desde 25 de janeiro de 2011 para pedir sua renúncia.

Atwa indicou que na audiência os advogados insistiram que o dano cometido em algumas gravações de CDs que estavam entre as provas do julgamento foram feitas de propósito para esconder a verdade sobre a participação dos acusados nos crimes.

Os advogados acusaram Mubarak e os demais processados de terem usado ambulâncias para transferir armas aos policiais, que as utilizaram para matar os manifestantes, além de afirmarem que o corte das comunicações ocorrido durante os protestos foi preparado com antecedência e que as autoridades haviam recebido treinamento para tomar essa medida.

O juiz decidiu no fim da sessão continuar o julgamento na terça-feira para escutar mais advogados das vítimas.

A Procuradoria-Geral egípcia pediu na semana passada pena de morte na forca para Mubarak. O ex-presidente é julgado ainda pelo suposto delito de corrupção, no qual também são processados seus filhos, Gamal e Alaa, e o empresário egípcio Hussein Salem, detido na Espanha.

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Em uma nova sessão do julgamento, os defensores fizeram referência aos discursos de Mubarak durante a revolução que demonstram que o ex-presidente sabia que a polícia reprimia as revoltas e que incitava isso, explicou à Agência Efe um dos advogados das vítimas, Ashraf Atwa.

Mubarak, de 83 anos, está sendo processado junto com o ex-ministro do Interior Habib Al Adly e seis de seus ajudantes pelo suposto envolvimento na morte de centenas de manifestantes que saíram às ruas desde 25 de janeiro de 2011 para pedir sua renúncia.

Atwa indicou que na audiência os advogados insistiram que o dano cometido em algumas gravações de CDs que estavam entre as provas do julgamento foram feitas de propósito para esconder a verdade sobre a participação dos acusados nos crimes.

Os advogados acusaram Mubarak e os demais processados de terem usado ambulâncias para transferir armas aos policiais, que as utilizaram para matar os manifestantes, além de afirmarem que o corte das comunicações ocorrido durante os protestos foi preparado com antecedência e que as autoridades haviam recebido treinamento para tomar essa medida.

O juiz decidiu no fim da sessão continuar o julgamento na terça-feira para escutar mais advogados das vítimas.

A Procuradoria-Geral egípcia pediu na semana passada pena de morte na forca para Mubarak. O ex-presidente é julgado ainda pelo suposto delito de corrupção, no qual também são processados seus filhos, Gamal e Alaa, e o empresário egípcio Hussein Salem, detido na Espanha.

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