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Advogado que publicou foto de corpo de Nisman é denunciado

Adrián Bastianes publicou nas redes sociais uma foto do corpo do promotor Alberto Nisman no banheiro de sua casa


	O promotor Alberto Nisman: promotor foi encontrado morto em estranhas circunstâncias no dia 18 de janeiro
 (Marcelo Capece/AFP)

O promotor Alberto Nisman: promotor foi encontrado morto em estranhas circunstâncias no dia 18 de janeiro (Marcelo Capece/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2015 às 16h27.

Buenos Aires - O chefe de Gabinete de Ministros da Argentina, Aníbal Fernández, anunciou neste domingo que apresentou uma denúncia contra o advogado que publicou nas redes sociais uma foto do corpo do promotor Alberto Nisman no banheiro de sua casa, que foi tirada pouco depois que o mesmo foi encontrado morto em estranhas circunstâncias no dia 18 de janeiro.

"Na noite de ontem apresentei uma denúncia judicial pela publicação das fotos. A denúncia é contra Adrián Bastianes, que foi quem publicou as fotos", disse Fernández à emissora "Nacional Rock".

Nisman, promotor especial da investigação sobre o atentado contra a associação israelita Amia, em 1994, morreu com um tiro na têmpora quatro dias após apresentar uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman e vários colaboradores do governo pela suposta tentativa de acobertar os iranianos acusados de planejar o ataque contra a Amia, que causou 85 mortes.

Fernández também garantiu que a Justiça deve indagar onde Bastianes conseguiu essas fotos, já que considerou que a divulgação desse material "está atrapalhando a investigação" sobre a morte de Nisman.

Dias atrás, a imprensa argentina publicou imagens da vida privada do promotor, que foram obtidas de seu telefone celular durante as perícias da investigação por sua morte.

Essas fotografias, nas quais Nisman aparece acompanhado de mulheres, foram usadas também em cartazes que foram colados no centro de Buenos Aires, com o intuito de desprestigiá-lo.

Os vazamentos resultaram em uma revista na sede da Polícia Federal, onde ocorreram as perícias, por ordem da juíza Fabiana Palmaghini, mas o governo negou que essa fosse a origem das mesmas.

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