Acuado, Alckmin banca prévia tucana
Governador está acuado com um possível racha dentro da legenda se José Serra assumir a candidatura para as eleições municipais, acabando com as prévias do partido
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 06h11.
São Paulo - A articulação de setores do PSDB para engavetar a prévia e fazer com que o ex-governador José Serra reveja sua intenção de não disputar a Prefeitura causou um racha entre os tucanos e fez com que o governador Geraldo Alckmin afirmasse publicamente que o processo de escolha está mantido.
"A prévia está mantida, será no dia 4 de março. Não tem nenhum fato novo. Se o Serra resolver ser candidato, ele vai comunicar ao partido, vai comunicar aos pré-candidatos e nós vamos conversar. Mas não tem nenhum fato novo", disse Alckmin.
Em e-mail enviado a militantes, intitulado Convocação Contra o Golpe, tucanos favoráveis à prévia conclamaram correligionários a se reunir ontem para mostrar a "força da militância".
"Serra não é o faraó do PSDB. Não é um Deus ilustre. Todos querem as prévias, com exceção de alguns deputados", disse Gilmar Borges, presidente do diretório zonal de Lausanne Paulista, zona norte, no ato que reuniu cerca de 60 militantes.
Nos bastidores, aliados de Alckmin, que querem Serra na disputa, estudavam compensações aos pré-candidatos para que abram mão do processo, criando condições para o ex-governador entrar na disputa. Em razão da reação dos pré-candidatos e de parte da militância, que pelas redes sociais acusou a cúpula partidária de promover um "golpe" contra a prévia, o partido recuou e manteve, por enquanto, o processo de escolha, evitando assim um custo político maior.
A ideia agora é que o partido realize a disputa e, se no futuro Serra resolver se candidatar, as lideranças do PSDB pressionarão o vencedor a abrir mão para ele. "A prévia é um avanço, ela é super importante. Se tiver algum fato novo, vai se conversar. O fato é que Serra é um grande nome. Qual partido que não gostaria de ter um quadro da sua experiência, qualidade, espírito público?", indagou o governador.
A ação para barrar a prévia foi mal recebida pelos militantes envolvidos nas campanhas dos pré-candidatos - os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli.
Aníbal rechaçou que possa vir a aceitar qualquer "compensação" para abrir mão da prévia. "Quem acha isso é algum ladrão, é algum corrupto para quem a vida pública é ocupar espaço em benefício próprio. Não é o meu caso. Eu realmente não aceito isso", completou o secretário. "As armas da política, tudo bem. Mas o que isso está supondo? Que estou querendo ser o candidato a prefeito para ter compensação? Francamente."
O líder do PSDB na Câmara Municipal, Floriano Pesaro, defendeu a prévia. "A bancada de vereadores defende que esse processo vá até o final. Mas consideramos legítimo se Serra pleitear a candidatura", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A articulação de setores do PSDB para engavetar a prévia e fazer com que o ex-governador José Serra reveja sua intenção de não disputar a Prefeitura causou um racha entre os tucanos e fez com que o governador Geraldo Alckmin afirmasse publicamente que o processo de escolha está mantido.
"A prévia está mantida, será no dia 4 de março. Não tem nenhum fato novo. Se o Serra resolver ser candidato, ele vai comunicar ao partido, vai comunicar aos pré-candidatos e nós vamos conversar. Mas não tem nenhum fato novo", disse Alckmin.
Em e-mail enviado a militantes, intitulado Convocação Contra o Golpe, tucanos favoráveis à prévia conclamaram correligionários a se reunir ontem para mostrar a "força da militância".
"Serra não é o faraó do PSDB. Não é um Deus ilustre. Todos querem as prévias, com exceção de alguns deputados", disse Gilmar Borges, presidente do diretório zonal de Lausanne Paulista, zona norte, no ato que reuniu cerca de 60 militantes.
Nos bastidores, aliados de Alckmin, que querem Serra na disputa, estudavam compensações aos pré-candidatos para que abram mão do processo, criando condições para o ex-governador entrar na disputa. Em razão da reação dos pré-candidatos e de parte da militância, que pelas redes sociais acusou a cúpula partidária de promover um "golpe" contra a prévia, o partido recuou e manteve, por enquanto, o processo de escolha, evitando assim um custo político maior.
A ideia agora é que o partido realize a disputa e, se no futuro Serra resolver se candidatar, as lideranças do PSDB pressionarão o vencedor a abrir mão para ele. "A prévia é um avanço, ela é super importante. Se tiver algum fato novo, vai se conversar. O fato é que Serra é um grande nome. Qual partido que não gostaria de ter um quadro da sua experiência, qualidade, espírito público?", indagou o governador.
A ação para barrar a prévia foi mal recebida pelos militantes envolvidos nas campanhas dos pré-candidatos - os secretários Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli.
Aníbal rechaçou que possa vir a aceitar qualquer "compensação" para abrir mão da prévia. "Quem acha isso é algum ladrão, é algum corrupto para quem a vida pública é ocupar espaço em benefício próprio. Não é o meu caso. Eu realmente não aceito isso", completou o secretário. "As armas da política, tudo bem. Mas o que isso está supondo? Que estou querendo ser o candidato a prefeito para ter compensação? Francamente."
O líder do PSDB na Câmara Municipal, Floriano Pesaro, defendeu a prévia. "A bancada de vereadores defende que esse processo vá até o final. Mas consideramos legítimo se Serra pleitear a candidatura", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.