Funcionários da Iberia protestam em Madri: o conflito foi iniciado em protesto contra os planos de reestruturação da Iberia após sua fusão com a companhia British Airways, em janeiro de 2011. (Dominique Faget/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2013 às 14h26.
Madri - Os sindicatos majoritários dos trabalhadores de terra e voo da Iberia e a direção da companhia aérea espanhola assinaram um acordo nesta quarta-feira que põe fim ao impasse que começou ainda em novembro.
O acordo está baseado na proposta feita às partes pelo mediador do conflito, Gregorio Tudela, e consiste na redução do número de funcionários afetados demissão em massa anunciada pela companhia.
O conflito foi iniciado em protesto contra os planos de reestruturação da Iberia após sua fusão com a companhia British Airways, em janeiro de 2011.
Os sindicatos majoritários, UGT, CCOO, CTA Voo, USO, Sitcpla e Asetma, que representam 93% dos empregados da Iberia, assinaram o acordo na sede do Ministério do Fomento em Madri, em um ato presidido pela titular do departamento, Ana Pastor.
A direção da Iberia explicou que a assinatura deste acordo, com obrigatoriedade de cumprimento pela totalidade dos empregados da empresa, foi aceito de maneira majoritária e, por isso, supõe o cancelamento da greve prevista para a próxima semana, de 18 a 22 de março, assim como a retirada do plano de demissão proposto.
Os seis sindicatos presentes na assinatura do acordo são os mesmo que tinham convocado a greve, a qual poderia ser aderida posteriormente pelos pilotos, que hoje não assinaram a proposta de Tudela por considerar que necessitam de mais tempo para estudá-la.
Neste caso, embora não tenham assinado o acordo, os pilotos não entrariam em greve para não prejudicar a paz social alcançada pela proposta de Tudela.
A ministra agradeceu o apoio do mediador e também as partes envolvidas pelo esforço que fizeram para alcançar o acordo.
Por sua parte, o secretário federal do setor aéreo do sindicato UGT, Francisco Rodríguez, indicou que Tudela conseguiu algo que parecia impossível, mas considerou que o problema da Iberia ainda não acabou, já que a viabilidade da companhia não depende apenas da redução dos empregados e dos salários.
Em sua opinião, a solução deste impasse está nos compromissos que a companhia deve alcançar nas próximas semanas e nos próximos meses, os quais "sempre devem ouvir as duas partes envolvidas".