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Ações antiterrorismo deixam mais de 100 mortos no Paquistão

Segundo uma fonte do Exército, refúgios insurgentes na fronteira afegã-paquistanesa foram "alvos" da operação

Segurança: operações começaram na noite passada por ordem do chefe do Exército (Akhtar Soomro/Reuters)

Segurança: operações começaram na noite passada por ordem do chefe do Exército (Akhtar Soomro/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 13h41.

Islamabad - O Exército do Paquistão afirmou nesta sexta-feira que mais de cem supostos insurgentes morreram em operações antiterroristas desde o ataque suicida contra um templo sufista que deixou 80 mortos na quinta-feira.

"Mais de 100 terroristas foram abatidos desde a noite de ontem", disse em comunicado o diretor do departamento de comunicação do Exército, Asif Ghafoor.

O porta-voz informou que as operações começaram na noite passada por ordem do chefe do Exército, Javed Bajwa, e que continuam em andamento.

Refúgios insurgentes na fronteira afegã-paquistanesa foram "alvos" da operação, de acordo com Ghafoor, que não deu mais detalhes sobre os locais exatos e a identidade dos mortos.

Ghafoor acrescentou que foram confiscadas "consideráveis" quantidades de armamento e lembrou que a fronteira com o Afeganistão se encontra fechada desde quinta-feira e que as forças de segurança têm "ordens especiais" para vigiá-la e não deixar ninguém passar.

"O Exército está (presente) para a segurança do povo do Paquistão contra todos os tipos de ameaças", informou Bajwa no comunicado. O chefe militar afirmou após o ataque de quinta-feira que seria "vingado imediatamente"

Um suicida explodiu as bombas que carregava no templo sufista Lal Shahbaz Qalandar, na província meridional de Sindh, quando um grande número de fiéis participava de uma cerimônia religiosa.

O massacre foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que já assumiu ações terroristas em território paquistanês no passado.

O ataque de ontem foi o sexto desta semana no Paquistão, em uma onda de violência que ocorre após uma grande diminuição dos atentados desde o início de 2014, quando as autoridades lançaram uma operação militar nas zonas tribais, que continua atualmente, e que tinha envolvido o país em um certo otimismo após uma década de contínuos atentados.

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