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Acidente russo ocorreu por "funcionamento anormal" do avião

Segundo o ministro, as primeiras conclusões sobre as causas da catástrofe serão divulgadas em janeiro

Acidente: os voos de todos os Tupolev 154 foram suspensos à espera dessas conclusões (Yevgeny Reutov/Reuters)
A

AFP

Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 10h17.

O acidente com o avião militar russo Tu-154 no Mar Negro com 92 pessoas a bordo no último fim de semana ocorreu devido a um "funcionamento anormal" da aeronave, disse nesta quinta-feira o ministro russo dos Transportes, Maxime Sokolov.

"Está claro que houve um funcionamento anormal da técnica. Os especialistas deverão esclarecer as razões e este é o motivo pelo qual foi criada uma comissão especial", disse Sokolov em uma coletiva de imprensa.

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Segundo o ministro, as primeiras conclusões sobre as causas da catástrofe serão divulgadas em janeiro.

Os voos de todos os Tupolev 154 foram suspensos à espera dessas conclusões.

Serguei Bainetov, diretor do serviço de segurança aérea da aviação russa, indicou, por sua parte, que não houve explosão a bordo do aparelho, sem descartar a hipótese de um atentado.

"Um ato terrorista não tem por que ser uma explosão, mas não excluímos", afirmou, enfatizando que um atentado poderia ser causado por uma "ação mecânica".

Segundo as autoridades, os investigadores concluíram a fase principal de buscas no Mar Negro, depois de terem encontrado todos os elementos relacionados com o acidente.

"A zona da catástrofe foi totalmente inspecionada. Dezenove corpos, 230 fragmentos de corpos, 13 grandes peças do avião e cerca de 2.000 fragmentos foram levado para a superfície até o momento", disse Sokolov.

"O avião quase se descompôs por completo ao bater contra a superfície da água e depois no fundo do Mar Negro, o que complicou os trabalhos de buscas", acrescentou.

As duas caixas do aparelho foram encontradas na terça e quarta-feira para determinar as causas do desastre que deixou 92 mortos, entre eles mais de 60 integrantes do Coral do Exército Vermelho.

O avião desapareceu dos radares no domingo, dois minutos depois de decolar do aeroporto de Sochi (sul), quando se dirigia à base aérea russa de Hmeimim, perto da cidade síria de Latakia (noroeste).

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