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Ação global é chave para combater guerra cambial, diz Dilma

Ela afirmou que não vai ocorrer a política ocorrida nos anos 30, caracterizada pela desvalorização competitiva

Como no governo Lula, Dilma promete "não brincar" com a inflação, e estabelecer metas inflacionárias (Ricardo Stuckert/PR)

Como no governo Lula, Dilma promete "não brincar" com a inflação, e estabelecer metas inflacionárias (Ricardo Stuckert/PR)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 20h39.

São Paulo - A presidente eleita, Dilma Rousseff, disse nesta segunda-feira que seu governo irá acompanhar "com rigor" o processo de "guerra cambial e de política de desvalorização de moeda" que ocorre atualmente na economia global, de modo a impedir que o comércio mundial seja afetado.

"Não é possível que ocorra aquele tipo de política que ocorreu na década de 30 e que se caracteriza pela desvalorização competitiva", disse Dilma à TV Record, em sua primeira entrevista exclusiva após a eleição.

"Eu começo a desvalorizar, o outro país começa a desvalorizar e aí isso bloqueia o comércio... cria a guerra comercial."

Para ela, uma forma de enfrentar essa situação é ter instituições multilaterais fortes que impeçam os países de manter suas moedas desvalorizadas de forma excessiva.

"Eu diria, não fazer aquela política pragmática que é só favorável ao seu próprio país, é isso que se chamou de guerra cambial, que é de fato desvalorizações indevidas", explicou.

Dilma disse também que manterá o atual sistema de metas de inflação.

"Nós não brincaremos com a inflação, nós seremos um governo que terá, portanto, metas inflacionárias, da mesma forma que teve o governo Lula."

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