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Aborto na Argentina perde força após senadora de oposição retirar apoio

Proposta ampliaria os direitos ao aborto permitido segundo a lei atual somente em casos de estupro ou quando a saúde da mãe está em risco

Argentina: perspectivas para a aprovação de um projeto de lei que legalizaria o aborto diminuíram durante o final de semana (Rodrigo Garrido/Reuters)

Argentina: perspectivas para a aprovação de um projeto de lei que legalizaria o aborto diminuíram durante o final de semana (Rodrigo Garrido/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 10h05.

Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 10h06.

Buenos Aires - Perspectivas para a aprovação de um projeto de lei que legalizaria o aborto na Argentina diminuíram durante o final de semana, quando uma senadora de oposição disse ter mudado de opinião e que votará contra a medida quando o assunto for levado ao plenário na quarta-feira.

A proposta, que ampliaria os direitos ao aborto permitido segundo a lei atual somente em casos de estupro ou quando a saúde da mãe está em risco, foi aprovada na Câmara dos Deputados no mês passado com 129 votos contra 125.

Desde então, ativistas religiosos, especialmente em partes rurais da Argentina, têm pressionado contra a medida, que é apoiada por feministas e grupos de direitos humanos estimulados nos últimos anos por esforços para acabar com a violência contra as mulheres.

A lei tornaria a Argentina o terceiro país da América Latina a legalizar amplamente o aborto, depois do Uruguai e de Cuba.

A mudança de opinião da senadora Silvina García Larraburu leva a 37 a estimativa de votos contrários, representando a maioria no Senado de 72 membros da Argentina.

Aliada da ex-presidente Cristina Kirchner, García Larraburu acusou o presidente Mauricio Macri de usar o debate sobre o aborto como uma distração para a economia instável do país, uma acusação que o governo Macri nega.

Kirchner pode concorrer à presidência no próximo ano, quando acredita-se que Macri irá tentar a reeleição.

García Larraburu disse a mídia local que sua mudança de opinião "também tem a ver com minhas convicções mais intimas".

O projeto de lei, que permitira o aborto até as primeiras 14 semanas de gravidez, pode ser alterado pelo Senado e enviado de volta à Câmara dos Deputados.

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