Abertura da Eurocopa coloca segurança de franceses à prova
O medo dos atentados e a persistente onda de conflitos sociais seguem afetando o país, um dia antes da partida inaugural entre França e Romênia
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2016 às 09h46.
A França colocará sua segurança à prova nesta quinta-feira, véspera do início da Eurocopa 2016, com um megashow ao ar livre aos pés da Torre Eiffel, que reunirá 90.000 pessoas.
O dj francês David Guetta fará o show na noite desta quinta-feira que servirá de primeiro grande teste na maior "fan zone" da Eurocopa, aos pés do emblemático monumento da capital francesa.
O medo dos atentados e a persistente onda de conflitos sociais - com greves de transporte ou de recolhimento de lixo, manifestações e mobilizações-relâmpago - seguem afetando o país, um dia antes da partida inaugural entre França e Romênia no Stade de France, perto de Paris.
Os arredores deste estádio foram palco de ataques suicidas no dia 13 de novembro, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, que deixaram 130 mortos na capital francesa.
Espera-se que oito milhões de torcedores compareçam à competição, entre eles dois milhões de estrangeiros. As forças de segurança e os serviços de informação se mobilizaram para impedir atentados nos estádios, nas "fan zones" e em outros lugares públicos.
O zagueiro alemão Jérôme Boateng, que estaba jogando no Stade de France no dia 13 de novembro, anunciou nesta quarta-feira que por razões de segurança sua esposa e suas filhas não acompanharão as partidas da "Mannschaft" porque o risco é muito alto.
"Vou me sentir melhor se minha família não estiver no estádio", disse ao jornal Sport Bild.
O estado de emergência em vigor na França desde novembro foi prolongado até o fim de julho. Em um "esforço sem precedentes", segundo o governo francês, 90.000 policiais, gendarmes e agentes de segurança foram mobilizados para garantir a segurança durante a competição (10 de junho a 10 de julho).
O governo também lançou um aplicativo para telefones celulares chamado "Alerta atentado" para informar as pessoas sobre qualquer ameaça. O aplicativo permite alertar "em caso de suspeita de atentado ou de acontecimento" excepcionalmente grave.
Lixo amontoado em Paris
No entanto, 24 horas antes do início da Eurocopa, o lixo se amontoava nas ruas de dez dos vinte distritos de Paris como consequência de uma greve dos garis que também afeta outras cidades do país.
As três principais usinas de tratamento de lixo próximas a Paris seguiam bloqueadas pelo décimo dia consecutivo, enquanto latas de lixo lotadas proliferavam na capital, passando uma imagem desastrosa aos turistas.
Também prossegue a greve na companhia ferroviária francesa (SNCF), que nesta quinta-feira foi prorrogada pelo nono dia consecutivo.
Após uma longa negociação, na qual o governo fez várias concessões sobre uma reforma das condições de trabalho dos ferroviários, um projeto de acordo segue esperando a assinatura dos sindicatos.
Os apelos do presidente François Hollande e de seu primeiro-ministro, Manuel Valls, pelo fim desta greve foram ignorados.
Também no setor dos transportes, prosseguem as negociações na Air France para tentar evitar uma greve de pilotos de 11 a 14 de junho motivada por reivindicações salariais.
A tudo isso se somam as mobilizações contra um projeto de reforma trabalhista, que já duram três meses em setores que vão do petrolífero aos portos e estaleiros, passando pelos da energia. Outra grande manifestação nacional foi convocada para o dia 14 de junho em Paris.
Sindicatos e organizações juvenis e de estudantes, que exigem a retirada do projeto de reforma trabalhista, considerado inaceitável por eles, também convocaram a "extensão das greves e ações" de protesto em todo o país.
A França colocará sua segurança à prova nesta quinta-feira, véspera do início da Eurocopa 2016, com um megashow ao ar livre aos pés da Torre Eiffel, que reunirá 90.000 pessoas.
O dj francês David Guetta fará o show na noite desta quinta-feira que servirá de primeiro grande teste na maior "fan zone" da Eurocopa, aos pés do emblemático monumento da capital francesa.
O medo dos atentados e a persistente onda de conflitos sociais - com greves de transporte ou de recolhimento de lixo, manifestações e mobilizações-relâmpago - seguem afetando o país, um dia antes da partida inaugural entre França e Romênia no Stade de France, perto de Paris.
Os arredores deste estádio foram palco de ataques suicidas no dia 13 de novembro, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, que deixaram 130 mortos na capital francesa.
Espera-se que oito milhões de torcedores compareçam à competição, entre eles dois milhões de estrangeiros. As forças de segurança e os serviços de informação se mobilizaram para impedir atentados nos estádios, nas "fan zones" e em outros lugares públicos.
O zagueiro alemão Jérôme Boateng, que estaba jogando no Stade de France no dia 13 de novembro, anunciou nesta quarta-feira que por razões de segurança sua esposa e suas filhas não acompanharão as partidas da "Mannschaft" porque o risco é muito alto.
"Vou me sentir melhor se minha família não estiver no estádio", disse ao jornal Sport Bild.
O estado de emergência em vigor na França desde novembro foi prolongado até o fim de julho. Em um "esforço sem precedentes", segundo o governo francês, 90.000 policiais, gendarmes e agentes de segurança foram mobilizados para garantir a segurança durante a competição (10 de junho a 10 de julho).
O governo também lançou um aplicativo para telefones celulares chamado "Alerta atentado" para informar as pessoas sobre qualquer ameaça. O aplicativo permite alertar "em caso de suspeita de atentado ou de acontecimento" excepcionalmente grave.
Lixo amontoado em Paris
No entanto, 24 horas antes do início da Eurocopa, o lixo se amontoava nas ruas de dez dos vinte distritos de Paris como consequência de uma greve dos garis que também afeta outras cidades do país.
As três principais usinas de tratamento de lixo próximas a Paris seguiam bloqueadas pelo décimo dia consecutivo, enquanto latas de lixo lotadas proliferavam na capital, passando uma imagem desastrosa aos turistas.
Também prossegue a greve na companhia ferroviária francesa (SNCF), que nesta quinta-feira foi prorrogada pelo nono dia consecutivo.
Após uma longa negociação, na qual o governo fez várias concessões sobre uma reforma das condições de trabalho dos ferroviários, um projeto de acordo segue esperando a assinatura dos sindicatos.
Os apelos do presidente François Hollande e de seu primeiro-ministro, Manuel Valls, pelo fim desta greve foram ignorados.
Também no setor dos transportes, prosseguem as negociações na Air France para tentar evitar uma greve de pilotos de 11 a 14 de junho motivada por reivindicações salariais.
A tudo isso se somam as mobilizações contra um projeto de reforma trabalhista, que já duram três meses em setores que vão do petrolífero aos portos e estaleiros, passando pelos da energia. Outra grande manifestação nacional foi convocada para o dia 14 de junho em Paris.
Sindicatos e organizações juvenis e de estudantes, que exigem a retirada do projeto de reforma trabalhista, considerado inaceitável por eles, também convocaram a "extensão das greves e ações" de protesto em todo o país.