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América Latina será muito atingida se China desacelerar com força

Segundo diretor do Banco Mundial, exportações de matéria prima da região poderiam ficar comprometidas caso a economia do gigante asiático sofra problemas

A América Latina exporta matéria prima para a China (Divulgação/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 13h40.

Lima - A América Latina será duramente atingida se a economia da China desacelerar com força e reduzir suas importações de matérias-primas, afirmou Augusto de la Torre, chefe do Banco Mundial para a América Latina.

Como informou nesta terça-feira o jornal "Gestion", Torre ressaltou em conferência em Lima que o maior risco para a América Latina, neste clima de crise financeira internacional, é que a economia da China registrasse um "hard landing" (uma aterrissagem forçada).

"Isso atingiria com muita força" à região pela sua dependência na exportação de matérias-primas, ressaltou Torre em conferência nesta segunda-feira por Torre no Banco Central do Peru sobre as expectativas da economia mundial.

Torre explicou que, pela primeira vez, todos os produtos que vende e compra a região registram preços altos e em um ciclo que está sendo excepcionalmente longo.

Nesse sentido, o representante do BM recomendou aos países latino-americanos economizar e diversificar-se além de seus recursos naturais.

Citou, por exemplo, que o "Peru e o Chile construam fundos de economia que podem aliviar "uma circunstância global em que os preços das 'commodities' (matérias-primas) caiam", dado que ambos os países são os principais produtores de cobre na região.

"Existe a necessidade na região da aplicação de políticas macroprudenciais, que permitam diminuir os choques que poderiam gerar a crise mundial", afirmou Torre.

Apesar do BM prever índices de crescimento para a região entre 4% e 5%, a América Latina não saiu de ter 30% de PIB per capita dos Estados Unidos, enquanto os asiáticos já têm 60%, ressaltou.

Com relação ao Peru, Torre afirmou que está na capacidade de manter crescimento alto em 2011 e 2012, ao contrário de seus vizinhos.

Mencionou que a projeção do Banco Central de Reserva (BCR), de crescimento entre 6% e 7% em 2011, significa de dois a três pontos percentuais acima do previsto para o Brasil.

Nesse sentido, acrescentou que para o Peru continuar neste caminho "será necessário que siga investindo em infraestrutura e capital humano que permitam ter uma economia flexível, capaz de gerar crescimento alto e sem problemas de inflação".

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Lima - A América Latina será duramente atingida se a economia da China desacelerar com força e reduzir suas importações de matérias-primas, afirmou Augusto de la Torre, chefe do Banco Mundial para a América Latina.

Como informou nesta terça-feira o jornal "Gestion", Torre ressaltou em conferência em Lima que o maior risco para a América Latina, neste clima de crise financeira internacional, é que a economia da China registrasse um "hard landing" (uma aterrissagem forçada).

"Isso atingiria com muita força" à região pela sua dependência na exportação de matérias-primas, ressaltou Torre em conferência nesta segunda-feira por Torre no Banco Central do Peru sobre as expectativas da economia mundial.

Torre explicou que, pela primeira vez, todos os produtos que vende e compra a região registram preços altos e em um ciclo que está sendo excepcionalmente longo.

Nesse sentido, o representante do BM recomendou aos países latino-americanos economizar e diversificar-se além de seus recursos naturais.

Citou, por exemplo, que o "Peru e o Chile construam fundos de economia que podem aliviar "uma circunstância global em que os preços das 'commodities' (matérias-primas) caiam", dado que ambos os países são os principais produtores de cobre na região.

"Existe a necessidade na região da aplicação de políticas macroprudenciais, que permitam diminuir os choques que poderiam gerar a crise mundial", afirmou Torre.

Apesar do BM prever índices de crescimento para a região entre 4% e 5%, a América Latina não saiu de ter 30% de PIB per capita dos Estados Unidos, enquanto os asiáticos já têm 60%, ressaltou.

Com relação ao Peru, Torre afirmou que está na capacidade de manter crescimento alto em 2011 e 2012, ao contrário de seus vizinhos.

Mencionou que a projeção do Banco Central de Reserva (BCR), de crescimento entre 6% e 7% em 2011, significa de dois a três pontos percentuais acima do previsto para o Brasil.

Nesse sentido, acrescentou que para o Peru continuar neste caminho "será necessário que siga investindo em infraestrutura e capital humano que permitam ter uma economia flexível, capaz de gerar crescimento alto e sem problemas de inflação".

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