"A Hora Mais Escura" é mais que um filme sobre Bin Laden
O filme se limita a utilizar um bom argumento para construir um dos melhores filmes de Hollywood nos últimos tempos, sem que a história real domine a ficção
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 15h15.
Redação Cultura - A busca, captura e morte de Osama bin Laden poderiam ter sido levadas para o cinema como um drama patriótico difícil de digerir, mas Kathryn Bigelow conta com uma narrativa cinematográfica em "A Hora Mais Escura" que faz com que o longa seja um exemplo de grande filme.
Jessica Chastain, atriz que há dois anos era uma total desconhecida e hoje é um rosto muito visto no cinema, é a perfeita protagonista de um filme que não se baseia na dor dos atentados de 11 de setembro e nem na raiva que envolveu a busca por bin Laden.
O filme se limita a utilizar um bom argumento para construir um dos melhores filmes de Hollywood nos últimos tempos, sem que a história real domine a ficção.
Kathryn confirma que o Oscar que conquistou como melhor diretora - o primeiro para uma mulher - em 2010 por "Guerra ao Terror" não foi nem sorte e nem casualidade, mas fruto de seu talento cinematográfico.
Em "A Hora Mais Escura", Kathryn conta com precisão as histórias tanto conhecidas como desconhecidas, tanto publicadas como ocultas ao público por essa grande potência que são os Estados Unidos e que tão bem sabem conduzir suas conquistas para reafirmar seu controle sobre o mundo.
O filme começa com as vozes de 11 de setembro para passar imediatamente ao grupo de inteligência americano dedicado à busca de quem se tornou o inimigo número um dos EUA.
Jessica é Maya, recém-chegada ao grupo que utiliza todas as técnicas de tortura inimagináveis para conseguir fazer com que os detentos em prisões secretas falem sobre o paradeiro de bin Laden.
Com um tremendo sangue frio, Maya se adapta ao mundo masculino, mas no qual o sexo não serve nem de desculpa e nem de justificativa para os sucessos ou fracassos da missão.
Um mundo retratado com detalhes e com distâncias por Kathryn, que constrói um filme equilibrado entre pessoas que participaram dessa missão e as operações que permitiram avançar nas investigações.
Mais militar do que política, a história mostra as dificuldades de conseguir o apoio político à missão, mas não se centra no uso político de bin Laden e nem em sua dentenção.
Esse foco militar permitiu a Kathryn rodar algumas espetaculares cenas de ação, com uma precisão milimétrica e com uma agradável falta de efeitos especiais que permitem que o espectador concentre-se em cada um dos personagens que aparecem na tela.
O maior destaque do filme foi o especial cuidado com o qual a cena de captura de bin Laden foi rodada. Ela se desenvolve em tempo real e relata que o que aconteceu dependeu em grande parte da sorte.
Um cena preciosa em detalhes e realismo e na qual Bigelow acerta em cheio ao não mostrar bin Laden.
"A Hora Mais Escura" já estreou nos Estados Unidos, onde foi alvo de polêmicas, e chegará em janeiro aos cinemas de todo o mundo.
Redação Cultura - A busca, captura e morte de Osama bin Laden poderiam ter sido levadas para o cinema como um drama patriótico difícil de digerir, mas Kathryn Bigelow conta com uma narrativa cinematográfica em "A Hora Mais Escura" que faz com que o longa seja um exemplo de grande filme.
Jessica Chastain, atriz que há dois anos era uma total desconhecida e hoje é um rosto muito visto no cinema, é a perfeita protagonista de um filme que não se baseia na dor dos atentados de 11 de setembro e nem na raiva que envolveu a busca por bin Laden.
O filme se limita a utilizar um bom argumento para construir um dos melhores filmes de Hollywood nos últimos tempos, sem que a história real domine a ficção.
Kathryn confirma que o Oscar que conquistou como melhor diretora - o primeiro para uma mulher - em 2010 por "Guerra ao Terror" não foi nem sorte e nem casualidade, mas fruto de seu talento cinematográfico.
Em "A Hora Mais Escura", Kathryn conta com precisão as histórias tanto conhecidas como desconhecidas, tanto publicadas como ocultas ao público por essa grande potência que são os Estados Unidos e que tão bem sabem conduzir suas conquistas para reafirmar seu controle sobre o mundo.
O filme começa com as vozes de 11 de setembro para passar imediatamente ao grupo de inteligência americano dedicado à busca de quem se tornou o inimigo número um dos EUA.
Jessica é Maya, recém-chegada ao grupo que utiliza todas as técnicas de tortura inimagináveis para conseguir fazer com que os detentos em prisões secretas falem sobre o paradeiro de bin Laden.
Com um tremendo sangue frio, Maya se adapta ao mundo masculino, mas no qual o sexo não serve nem de desculpa e nem de justificativa para os sucessos ou fracassos da missão.
Um mundo retratado com detalhes e com distâncias por Kathryn, que constrói um filme equilibrado entre pessoas que participaram dessa missão e as operações que permitiram avançar nas investigações.
Mais militar do que política, a história mostra as dificuldades de conseguir o apoio político à missão, mas não se centra no uso político de bin Laden e nem em sua dentenção.
Esse foco militar permitiu a Kathryn rodar algumas espetaculares cenas de ação, com uma precisão milimétrica e com uma agradável falta de efeitos especiais que permitem que o espectador concentre-se em cada um dos personagens que aparecem na tela.
O maior destaque do filme foi o especial cuidado com o qual a cena de captura de bin Laden foi rodada. Ela se desenvolve em tempo real e relata que o que aconteceu dependeu em grande parte da sorte.
Um cena preciosa em detalhes e realismo e na qual Bigelow acerta em cheio ao não mostrar bin Laden.
"A Hora Mais Escura" já estreou nos Estados Unidos, onde foi alvo de polêmicas, e chegará em janeiro aos cinemas de todo o mundo.