A 100 dias de referendo, independentistas ganham terreno
A cem dias do referendo da Escócia, as campanhas a favor e contra a cisão marcaram a contagem regressiva com vários atos
Da Redação
Publicado em 9 de junho de 2014 às 13h30.
Londres - A cem dias do referendo da Escócia , as campanhas a favor e contra a cisão marcaram nesta segunda-feira a contagem regressiva com vários atos, quando a causa independendista ganha terreno ao reduzir em sete pontos a brecha com o grupo do "não".
Os independentistas ressaltaram em Edimburgo sua melhora nas enquetes e os benefícios da separação, enquanto a campanha pelo "não", respaldada pelos principais partidos britânicos, prometeu em Glasgow que a Escócia terá mais autonomia se seguir no Reino Unido, do qual faz parte pelo Ata de União de 1707.
A defesa da separação esteve hoje a cargo da "número dois" do governo escocês, Nicola Sturgeon, que destacou a importância da opinião das mulheres no referendo de 18 de setembro.
Sturgeon presidiu em Edimburgo um painel de debate sobre o futuro da região formado exclusivamente por mulheres e lembrou que as escocesas "formam 52% da população (da região). Portanto é vital que as vozes das mulheres sejam escutadas".
Além disso, a campanha pelo "sim" informou hoje que espera conseguir um milhão de assinaturas de apoio à independência para antes do referendo.
O diretor da causa independentista, Blair Jenkins, disse que já conseguiram reunir 791.191 assinaturas, mas confia em aumentar o número à medida que se aproxime o dia 18 de setembro, e alertou que haverá "um final forte da campanha".
Na outra ponta da Escócia, em Glasgow, o ex-ministro de Economia Alistair Darling, presidente do bando do "não", defendeu os benefícios econômicos da união e antecipou mais autonomia.
Segundo Darling, os escoceses poderão desfrutar "do melhor dos dois mundos", ter uma maior autonomia e, ao mesmo tempo, desfrutar da segurança que os brinda ser parte do Reino Unido.
"Nossos opositores passaram meses tratando, e fracassando, em apresentar provas que defendam seu objetivo da separação. E agora, com só cem dias restantes de campanha, os nacionalistas estão ficando sem argumentos", acrescentou.
No entanto, Salmond defendeu que cem dias é tempo suficiente para encurtar a brecha que separa as duas opções.
"Sim, temos tempo suficiente, a questão não é o tempo, é ganhar os argumentos, ganhar a discussão", disse à "BBC" o líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP).
"O motivo de disputa de ganhar não é só que a Escócia seja mais próspera, mas uma sociedade melhor e mais igualitária, utilizando os recursos naturais e humanos do país", acrescentou.
Uma pesquisa divulgada neste fim de semana mostra que 47% dos escoceses se opõem à independência, contra 40% que a apoiam e 13% que não se pronunciam.
Salmond defende que a Escócia se beneficiará dos grandes recursos de petróleo que dispõe a região e confia em conservar a libra como sua moeda e a rainha Elizabeth II como chefe de Estado.
Os que advogam pelo "não" insistem em manter os mais de 300 anos da união da Escócia com o Reino Unido e advertem que os escoceses não poderão conservar a libra se obtiverem a independência.
Se os escoceses disserem "não" à cisão, os partidos britânicos se comprometeram a apoiar que sejam outorgados mais poderes ao parlamento escocês em seus respectivos programas eleitorais para as eleições gerais britânicas de maio de 2015.
Londres - A cem dias do referendo da Escócia , as campanhas a favor e contra a cisão marcaram nesta segunda-feira a contagem regressiva com vários atos, quando a causa independendista ganha terreno ao reduzir em sete pontos a brecha com o grupo do "não".
Os independentistas ressaltaram em Edimburgo sua melhora nas enquetes e os benefícios da separação, enquanto a campanha pelo "não", respaldada pelos principais partidos britânicos, prometeu em Glasgow que a Escócia terá mais autonomia se seguir no Reino Unido, do qual faz parte pelo Ata de União de 1707.
A defesa da separação esteve hoje a cargo da "número dois" do governo escocês, Nicola Sturgeon, que destacou a importância da opinião das mulheres no referendo de 18 de setembro.
Sturgeon presidiu em Edimburgo um painel de debate sobre o futuro da região formado exclusivamente por mulheres e lembrou que as escocesas "formam 52% da população (da região). Portanto é vital que as vozes das mulheres sejam escutadas".
Além disso, a campanha pelo "sim" informou hoje que espera conseguir um milhão de assinaturas de apoio à independência para antes do referendo.
O diretor da causa independentista, Blair Jenkins, disse que já conseguiram reunir 791.191 assinaturas, mas confia em aumentar o número à medida que se aproxime o dia 18 de setembro, e alertou que haverá "um final forte da campanha".
Na outra ponta da Escócia, em Glasgow, o ex-ministro de Economia Alistair Darling, presidente do bando do "não", defendeu os benefícios econômicos da união e antecipou mais autonomia.
Segundo Darling, os escoceses poderão desfrutar "do melhor dos dois mundos", ter uma maior autonomia e, ao mesmo tempo, desfrutar da segurança que os brinda ser parte do Reino Unido.
"Nossos opositores passaram meses tratando, e fracassando, em apresentar provas que defendam seu objetivo da separação. E agora, com só cem dias restantes de campanha, os nacionalistas estão ficando sem argumentos", acrescentou.
No entanto, Salmond defendeu que cem dias é tempo suficiente para encurtar a brecha que separa as duas opções.
"Sim, temos tempo suficiente, a questão não é o tempo, é ganhar os argumentos, ganhar a discussão", disse à "BBC" o líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP).
"O motivo de disputa de ganhar não é só que a Escócia seja mais próspera, mas uma sociedade melhor e mais igualitária, utilizando os recursos naturais e humanos do país", acrescentou.
Uma pesquisa divulgada neste fim de semana mostra que 47% dos escoceses se opõem à independência, contra 40% que a apoiam e 13% que não se pronunciam.
Salmond defende que a Escócia se beneficiará dos grandes recursos de petróleo que dispõe a região e confia em conservar a libra como sua moeda e a rainha Elizabeth II como chefe de Estado.
Os que advogam pelo "não" insistem em manter os mais de 300 anos da união da Escócia com o Reino Unido e advertem que os escoceses não poderão conservar a libra se obtiverem a independência.
Se os escoceses disserem "não" à cisão, os partidos britânicos se comprometeram a apoiar que sejam outorgados mais poderes ao parlamento escocês em seus respectivos programas eleitorais para as eleições gerais britânicas de maio de 2015.