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5º dia de processo de paz para a Síria termina sem avanços

"As negociações não são fáceis. Não foram hoje, nem nos outros dias, nem provavelmente serão nos próximos dias", admitiu Lakhdar Brahimi


	Síria: o governo sírio disse há três dias na mesa de negociações que permitiria a saída de mulheres e crianças da parte antiga de Homs
 (John Cantlie/Getty Images)

Síria: o governo sírio disse há três dias na mesa de negociações que permitiria a saída de mulheres e crianças da parte antiga de Homs (John Cantlie/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 16h03.

Genebra - O quinto dia de negociações de paz entre o governo sírio e a oposição terminou sem avanços importantes, reconheceu nesta terça-feira o mediador para o processo conhecido como Genebra 2, Lakhdar Brahimi.

"Não alcançamos nenhum avanço importante, mas continuamos aqui e isso é suficientemente bom na minha opinião", declarou à imprensa no fim do dia.

Foi Brahimi quem propôs às delegações suspender a reunião prevista para esta tarde, "sem pressão" de ninguém, para preparar a sessão de amanhã, que espera que seja melhor.

"Não se deve culpar ninguém por essa posição", contemporizou.

O mediador reiterou a dificuldade deste processo, mas se mostrou satisfeito com o compromisso mostrado pelas duas partes de "tentar continuar com as conversas até sexta-feira, como inicialmente estava planejado".

"As negociações não são fáceis. Não foram hoje, nem nos outros dias, nem provavelmente serão nos próximos dias", admitiu.

Em relação a situação em Homs Brahimi confirmou que a carga humanitária da ONU com alimentos e remédios para 2.500 pessoas continua esperando autorização para entrar na parte antiga da cidade, sitiada há 18 meses.

"O comboio está pronto, continuaesperando autorização para entrar. Não nos damos por vencidos e é tudo o que posso dizer a respeito", disse Brahimi.

O governo sírio disse há três dias na mesa de negociações que permitiria a saída de mulheres e crianças da parte antiga de Homs - sob cerco militar há um ano, assim como a entrada de assistência de emergência, mas até agora nenhum destes compromissos se concretizou.

"Aqui todos estamos de acordo que as áreas de conflito devem receber alimentos e remédios. Não só porque as leis internacionais dizem, mas também pelas leis humanitárias e pela ética", asseverou Brahimi.

Perguntado pelo papel que podem desempenhar EUA e Rússia, como países que promoveram o processo de paz, para dar um empurrão nas negociações, Brahimi ressaltou que são países "sérios e comprometidos para que as conversas sejam bem-sucedidas".

Sobre o Irã, excluído das negociações abertas na Suíça, Brahimi garantiu que "vai tentar cooperar com o país no futuro para tentar atribuir a ele um papel no processo e para que assuma sua posição de país importante da região". 

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