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300 chineses lutam com o EI no Oriente Médio, diz jornal

Número incomum deve aumentar os temores de que os militantes representem uma ameaça à segurança na China


	Militantes do Estado Islâmico: China demonstra preocupação com a ascensão do EIe com o efeito que o fenômeno pode ter na região de Xinjiang
 (Reuters)

Militantes do Estado Islâmico: China demonstra preocupação com a ascensão do EIe com o efeito que o fenômeno pode ter na região de Xinjiang (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 10h07.

Pequim - Cerca de 300 chineses estão lutando com o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, afirmou um jornal estatal chinês nesta segunda-feira, um número incomum que deve aumentar os temores de que os militantes representem uma ameaça à segurança na China.

A China demonstra preocupação com a ascensão do Estado Islâmico no Oriente Médio e com o efeito que o fenômeno pode ter na região chinesa de Xinjiang, lar dos muçulmanos uigures, mas nem por isso deu qualquer sinal de que busca se unir aos esforços dos Estados Unidos usando a força militar contra o grupo.

Membros chineses do Movimento Islâmico do Turquestão do Leste (Etim, na sigla em inglês) estão viajando para a Síria via Turquia para reforçar as fileiras do Estado Islâmico, relatou o Global Times, um jornal do Diário do Povo, diário oficial do Partido Comunista da China.

“De acordo com informações de várias fontes, inclusive de autoridades de segurança da região do Curdistão iraquiano, da Síria e do Líbano, cerca de 300 extremistas chineses estão lutando com o Estado Islâmico no Iraque e na Síria”, informou o Global Times.

As autoridades chinesas culpam o Etim por ataques em Xinjiang, mas o governo tem sido vago a respeito do número de pessoas oriundas da China que estariam combatendo no Oriente Médio.

Em julho, o enviado chinês para o Oriente Médio, Wu Sike, citou reportagens quando declarou que cerca de 100 cidadãos chineses, a maioria do Etim, estão na região lutando ou sendo treinados.

A China afirma que os militantes do Etim também estão escondidos ao longo da fronteira sem lei entre o Afeganistão e o Paquistão e que querem criar um Estado separado em Xinjiang, embora muitos especialistas estrangeiros tenham dúvidas sobre a coesão do grupo.

Ao contrário deles, defensores de direitos humanos argumentam que a marginalização econômica dos uigures e os limites impostos à sua cultura e religião estão entre as principais causas da violência étnica em Xinjiang, que já matou centenas de pessoas nos últimos dois anos.

Pequim criticou o governo turco por oferecer abrigo aos refugiados uigures que fugiram da China pelo sudeste da Ásia e disse que essa rota cria riscos de segurança.

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