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2 mil indianos são contaminados com HIV após transfusão

O acesso a sangue não contaminado, especialmente nas zonas rurais, é limitado na Índia por conta da insuficiência dos aparelhos de detecção

Transfusão de sangue: o acesso a sangue não contaminado, especialmente nas zonas rurais, é limitado na Índia por conta da insuficiência dos aparelhos de detecção (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 10h35.

Mais de 2.000 indianos contraíram o vírus da Aids (HIV) 17 meses depois de uma transfusão sanguínea, revelaram dados da Agência Nacional de Controle da Aids (Naco).

Como resposta a uma demanda apresentada pelo ativista Chetan Kothari, o organismo informou que 2.234 pessoas foram infectadas pelo vírus entre outubro de 2014 e março de 2016.

Os números, que a AFP consultou nesta quarta-feira, foram revelados no mês passado a Kothari, após uma solicitação por este período em particular.

"Queria saber o que o governo estava fazendo para garantir que as pessoas têm acesso a sangue não contaminado", disse à AFP.

"Os dados mostram que o sangue não foi submetido a uma detecção de HIV, apesar dos riscos que eram conhecidos".

O acesso a sangue não contaminado, especialmente nas zonas rurais, é limitado na Índia por conta da insuficiência dos aparelhos de detecção, como admite a NACO em seu site.

O norte de Uttar Pradesh, estado de maior população da Índia, lidera a lista com 361 pacientes contaminados, seguido pelos estados da região oeste, Gujarat e Maharshtra, com 292 e 276, respectivamente.

Em Nova Délhi foram registrados 264 casos.

De acordo com as estatísticas oficiais, 2,5 milhões de indianos são portadores do HIV, em uma população de 1,25 bilhão de pessoas.

Um diretor da NACO afirmou que os dados não são "científicos", pois estão baseados nas respostas dos pacientes e refletem menos de 1% dos casos de HIV.

"Há ocasiões em que os pacientes não declaram a razão exata ou o meio de transmissão por causa da pressão social, a falta de consciência e inclusive por ignorância", disse a fonte, segundo o jornal Times of India.

"Desta maneira, os dados não podem ser considerados 100% precisos", completou.

Em seu site, a NACO, vinculada ao ministério da Saúde, afirma que o governo trabalha para melhorar a análise do sangue e as tecnologias para prevenir qualquer transmissão da Aids.

A lei indiana prevê que os hospitais devem examinar os doadores e seu sangue para evitar qualquer tipo de infecção, como Aids, malária e o vírus da hepatite B e C.

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Mais de 2.000 indianos contraíram o vírus da Aids (HIV) 17 meses depois de uma transfusão sanguínea, revelaram dados da Agência Nacional de Controle da Aids (Naco).

Como resposta a uma demanda apresentada pelo ativista Chetan Kothari, o organismo informou que 2.234 pessoas foram infectadas pelo vírus entre outubro de 2014 e março de 2016.

Os números, que a AFP consultou nesta quarta-feira, foram revelados no mês passado a Kothari, após uma solicitação por este período em particular.

"Queria saber o que o governo estava fazendo para garantir que as pessoas têm acesso a sangue não contaminado", disse à AFP.

"Os dados mostram que o sangue não foi submetido a uma detecção de HIV, apesar dos riscos que eram conhecidos".

O acesso a sangue não contaminado, especialmente nas zonas rurais, é limitado na Índia por conta da insuficiência dos aparelhos de detecção, como admite a NACO em seu site.

O norte de Uttar Pradesh, estado de maior população da Índia, lidera a lista com 361 pacientes contaminados, seguido pelos estados da região oeste, Gujarat e Maharshtra, com 292 e 276, respectivamente.

Em Nova Délhi foram registrados 264 casos.

De acordo com as estatísticas oficiais, 2,5 milhões de indianos são portadores do HIV, em uma população de 1,25 bilhão de pessoas.

Um diretor da NACO afirmou que os dados não são "científicos", pois estão baseados nas respostas dos pacientes e refletem menos de 1% dos casos de HIV.

"Há ocasiões em que os pacientes não declaram a razão exata ou o meio de transmissão por causa da pressão social, a falta de consciência e inclusive por ignorância", disse a fonte, segundo o jornal Times of India.

"Desta maneira, os dados não podem ser considerados 100% precisos", completou.

Em seu site, a NACO, vinculada ao ministério da Saúde, afirma que o governo trabalha para melhorar a análise do sangue e as tecnologias para prevenir qualquer transmissão da Aids.

A lei indiana prevê que os hospitais devem examinar os doadores e seu sangue para evitar qualquer tipo de infecção, como Aids, malária e o vírus da hepatite B e C.

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