Inundação em Louisiana: Katrina foi o desastre climático mais caro em quatro décadas, com danos de US$ 150 bi. (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2015 às 12h05.
São Paulo - O furacão Katrina atingiu a costa sul dos Estados Unidos com força arrasadora no dia 25 de agosto de 2005, matando quase duas mil pessoas e obrigando a evacuação de meio milhão.
Nova Orleans foi a cidade mais afetada. Alguns dos diques que a protegiam não conseguiram conter as águas do Lago Pontchartrain, que afluiu município adentro, inundando pelo menos 80% do seu território. Bairros inteiros ficaram praticamente submersos.
Katrina foi a catástrofe ligada a fenômenos climáticos mais cara das últimas quatro décadas, causando perdas da ordem de US$ 150 bilhões, segundo o Atlas de Mortalidade e Perdas Econômicas, produzido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O desastre natural golpeou infraestruturas essenciais de Nova Orleans, como o sistema de água potável e de águas residuais. Passados dez anos, alguns desses sistemas ainda não se recuperaram totalmente, o que deixa a população vulnerável.
Após Katrina, o Congresso aprovou um gasto de mais de US$ 14 bilhões para reforçar a proteção contra inundações da cidade e para construir uma série de novas barreiras que incluem ilhas artificiais e novas zonas úmidas.
As características geográficas de Nova Orleans, uma antiga colônia francesa, exigem atenção redobrada. Erguida em uma área pantanosa com solo mole e úmido, a cidade afunda centímetro a centímetro todos os anos, o que prejudica suas defesas.
Em resposta, a indústria local e o governo americano lançaram, nesta semana, um plano sem precedentes para salvar e reconstruir as zonas úmidas que foram danificadas pela passagem de Katrina. É um projeto de reconstrução e fortificação de 50 anos com custo estimado de US$ 50 bilhões.
Nas fotos que ilustram essa matéria, nota-se que ainda há muito a ser feito.
As imagens são do fotógrafo da agência Reuters Carlos Barria, que voltou aos mesmos locais que fotogrou em Nova Orleans há dez anos para mostrar o contraste da destruição daquele fatídico 2005 e os dias atuais, ainda marcados pelas sequelas do desastre.