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Ibovespa sobe 0,41% com noticiário corporativo intenso

As ações da Natura lideraram as altas após aumento no lucro trimestral amparado em vendas maiores no exterior

Bolsa de valores de São Paulo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Bolsa de valores de São Paulo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 27 de julho de 2017 às 17h50.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou no azul nesta quinta-feira, em meio ao intenso noticiário corporativo e tendo as ações da Natura liderando as altas após aumento no lucro trimestral amparado em vendas maiores no exterior.

O Ibovespa fechou em alta de 0,41 por cento, a 65.277 pontos. O giro financeiro somou 5,97 bilhões de reais.

Apesar dos ganhos, o índice se afastou das máximas de mais cedo, quando chegou subiu pouco mais de 1 por cento, conforme o mercado acionário norte-americano perdeu força. O S&P 500 fechou em leve queda de 0,1 por cento.

"Os resultados acabam movimentando um pouco, mas, no geral, o índice ainda não tem força para sair muito do patamar que está", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos, acrescentando que o mercado aguarda mais clareza no fronte político.

A decisão do Banco Central da véspera, de cortar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para 9,25 por cento ao ano, indicando que pode manter o tamanho do corte à frente também ajudou o tom positivo no mercado acionário nesta sessão.

A manutenção da trajetória declinante da taxa de juros no Brasil, que tende a aumentar a atratividade por ativos de maior risco, veio após o banco central norte-americano manter a taxa de juros dos Estados Unidos e continuar sua indicação de que seguirá um ritmo gradual de normalização da política monetária.

Destaques

- NATURA ON avançou 6,11 por cento. Analistas do Itaú BBA melhoraram a recomendação para os papéis da empresa, para "market perform", após as fortes quedas recentes do papel. O lucro líquido consolidado da produtora de cosméticos, apoiado em maiores vendas no exterior, subiu 80 por cento, para 163,5 milhões de reais no segundo trimestre. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 13,4 por cento, para 298,6 milhões de reais.

- JBS ON subiu 5,76 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, engatando o terceiro pregão seguido de alta e depois de ter subido mais de 6 por cento na véspera, na esteira de anúncio de acordos com bancos para estabilizar dívidas. Ainda no radar estava a convocação de assembleia extraordinária de acionistas para 1º de setembro para discutir, entre outras medidas, o pedido para a saída de membros da família controladora Batista da gestão da empresa.

- AMBEV ON ganhou 1,49 por cento. No radar estava a divulgação do resultado do segundo trimestre, com lucro líquido de 2,125 bilhões de reais, queda de 2,2 por cento ante igual período de 2016, conforme a menor geração de caixa e o impacto negativo do câmbio ofuscaram a redução das despesas financeiras. Executivos da companhia citaram que olham para o segundo semestre com "otimismo cauteloso".

- PETROBRAS PN avançou 0,15 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,52 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- EDP ENERGIAS DO BRASIL subiu 1,73 por cento, após a empresa reportar lucro líquido de 142 milhões de reais, alta de 45,1 por cento ante igual período do ano passado.

- VALE PNA recuou 0,47 por cento, enquanto VALE ON teve variação positiva de 0,13 por cento, após a divulgação do resultado do segundo trimestre, com queda de 98,3 por cento no lucro ante igual período do passado. Os analistas da Coinvalores destacam que os números ficaram um pouco aquém das expectativas, mas isso não alterou a visão positiva para as operações da companhia a médio e longo prazo.

- BRADESCO PN teve leve queda de 0,13 por cento. O banco reportou alta de 13 por cento no lucro ajustado do segundo trimestre ante igual período do ano passado, para 4,7 bilhões de reais. Analistas do UBS afirmaram que os números do Bradesco mostraram melhora em qualidade de ativos, mas destacaram entre os pontos negativos a menor margem líquida de juros.

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