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Ibovespa fecha em queda com exterior com tensão comercial EUA-China

O principal índice da bolsa paulista encerrou em baixa de 0,62 por cento, a 74.398 pontos. O volume financeiro somou 9,9 bilhões de reais

Ibovespa: índice tocou a mínima da sessão no meio da tarde, com queda de 0,89 por cento (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: índice tocou a mínima da sessão no meio da tarde, com queda de 0,89 por cento (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2018 às 17h13.

Última atualização em 11 de julho de 2018 às 17h48.

São Paulo - O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, pressionado pelo viés negativo nos mercados globais, após os EUA ameaçarem implementar mais tarifas sobre importações chinesas, reavivando os temores que tinham arrefecido nos últimos pregões sobre uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O principal índice da bolsa paulista encerrou em baixa de 0,62 por cento, a 74.398 pontos. O volume financeiro somou 9,9 bilhões de reais.

O governo norte-americano anunciou na véspera decisão de impor tarifas sobre o equivalente a mais 200 bilhões de dólares em importações da China. Pequim acusou os EUA de intimidação e alertou que vai responder, inclusive por meio de "medidas qualitativas".

O Ibovespa tocou a mínima da sessão no meio da tarde, com queda de 0,89 por cento, acompanhando a deterioração nos mercados externos, com o petróleo Brent chegando a cair mais de 7 por cento no pior momento e o índice acionário S&P 500 atingindo o menor patamar da sessão.

No fechamento, o S&P 500 registrou queda de 0,71 por cento.

"O mau humor externo ditou o rumo da Bovespa. E a questão das tarifas comerciais é o que pesou no mercado internacional", disse o sócio da gestora Galt Capital, Igor Lima.

Profissionais da área de renda variável citaram que a bolsa brasileira está sem liquidez, em razão do período de férias no Hemisfério Norte e manutenção de incertezas com o cenário político doméstico, enquanto a economia ainda se mostra debilitada, com uma recuperação mais lenta do que o esperado.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 1,92 por cento e PETROBRAS ON recuou 0,84 por cento, respectivamente, revertendo os ganhos do começo da sessão, em meio ao tombo dos preços do petróleo. O Brent teve a sua maior queda diária em dois anos, à medida que a escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China ameaça prejudicar a demanda de petróleo e notícias de que a Líbia reabriria seus portos aumentavam as expectativas de uma oferta crescente. Analistas do Barclays elevaram a recomendação para os ADRs (recibo de ação negociado nos EUA) da Petrobras para 'overweight' ante 'underweight', citando que o preço mais do que compensa o risco político.

- VALE fechou em baixa de 1,35 por cento, em sessão de queda do preço do minério de ferro à vista na China, pesando no Ibovespa em razão da relevante fatia que detém na composição do índice. Ações de siderúrgicas também tiveram uma sessão negativa, com CSN recuando 5,02 por cento.

- EMBRAER caiu 4,34 por cento, após decisão da companhia aérea norte-americana JetBlue de substituir aeronaves da fabricante brasileira em sua frota por modelos A220 da europeia Airbus. Investidores também seguem atentos a novas informações sobre o acordo entre a Embraer e a norte-americana Boeing.

- SUZANO avançou 3,63 por cento e ajudou a atenuar a pressão negativa no Ibovespa, favorecida pela valorização do dólar sobre o real.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON subiram 2,17 e 2,19 por cento, respectivamente, após a Câmara dos Deputados concluir na noite de terça-feira a aprovação do projeto que viabiliza a privatização de seis distribuidoras de energia controladas pela companhia, que agora será enviado ao Senado. A alta ocorria mesmo após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciar que o projeto de privatização da Eletrobras não será votado neste ano.

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