Bitcoin Banco, apesar do nome, não é banco, nem é autorizado pelo Banco Central. (Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters)
Tais Laporta
Publicado em 19 de agosto de 2019 às 18h47.
O dono do Bitcoin Banco, que controla as empresas de negociação de moedas digitais NegocieCoins e TemBTC, Cláudio Oliveira, teve os bens penhorados pela Justiça por credores que pedem de volta o dinheiro aplicado no grupo. Segundo o jornal Valor Econômico, oficiais de Justiça chegaram a ir até a chácara e a casa do empresário no Paraná e apreenderam vários objetos pessoais, inclusive sapatos de grife, quadros e relógios, mas deixaram os bens após acordo para pagamento da dívida hoje.
O grupo, apesar do nome, não é banco, nem é autorizado pelo Banco Central a atuar no mercado. Mesmo assim, chegou a ser um dos maiores negociadores de moedas digitais do mundo com operações feitas entre as empresas. Ele parou de pagar os clientes em junho, primeiro alegando problemas com o banco responsável pelas contas, o Brasil Plural, e depois afirmando ter sido vítima de uma fraude que teria desviado R$ 50 milhões da empresa.
O grupo passou então a limitar os resgates de criptomoedas e valores e a pagar apenas parcialmente os saques. Com isso, sofreu inúmeras ações na Justiça de compradores de moedas. No Tribunal de Justiça de São Paulo, há 35 processos contra a NegocieCoins e mais 6 contra o Bitcoin Banco.
Segundo o site Cointelegraph, hoje mais uma decisão determinou que o grupo deposite R$ 1,392 milhão em cinco dias relativo a uma ação de um cliente. O site e o jornal O Globo afirmam que Claudio Oliveira estaria de viagem marcada para a Suíça, país no qual tem cidadania, no próximo dia 21.