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Dólar sobe a R$ 4,168 e registra maior alta semanal em mais de um ano

Moeda avançou 1,83% no dia e fechou a semana com alta acumulada de 4,34%, a maior desde agosto de 2018

Liberação de ex-presidente Lula dividiu holofotes com cenário exterior (Rick Wilking/Reuters)

Liberação de ex-presidente Lula dividiu holofotes com cenário exterior (Rick Wilking/Reuters)

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Juliana Elias

Publicado em 8 de novembro de 2019 às 18h31.

O dólar fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo nesta sexta-feira, guiado pela instabilidade política causada por decisão do Supremo Tribunal Federal na véspera que culminou em determinação da Justiça Federal do Paraná de conceder a liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, notícia que dividiu atenções com novos desdobramentos do embate comercial entre EUA e China.

O dólar à vista subiu 1,83%, a 4,1684 reais na venda, acumulando alta de 4,34% na semana, maior alta da moeda contra o real em mais de 14 meses, quando avançou 4,85% na semana encerrada no dia 24 de agosto de 2018.

Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1,69% a 4,1730 reais.

Ainda em meio à repercussão dos decepcionantes leilões da cessão onerosa, esta sexta-feira foi também marcada pelo clima de instabilidade que veio na esteira de decisão do plenário do STF que derrubou a possibilidade de dar início a execução de pena de prisão após condenação em segunda instância, gerando a expectativa de soltura do ex-presidente Lula.

A confirmação veio já perto do fim da sessão, com a Justiça Federal do Paraná determinando a liberdade ao ex-presidente, o que levou a uma ampliação da alta do dólar contra o real.

A corretora H.Commcor apontou que a reação negativa do mercado se dá pelo "risco Lula"."Deve-se expor primeiramente a potencial instabilidade política adicional que a esquerda (fortalecida) promete, tanto em atritos com a atual gestão (politicamente fraca) quanto em termos da disputa presidencial para 2022", explicou em comunicado.

No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira a repórteres que não concordou em reverter as tarifas sobre a China, mas que Pequim gostaria que ele fizesse isso.

Com investidores mais cautelosos quanto ao cenário internacional, algumas divisas de risco também se desvalorizaram, como o peso mexicano e o dólar australiano.

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