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Dólar avança contra real na esteira de leilão de petróleo

Moeda americana subiu 0,29% e encerrou o dia sendo negociada a 4,093 reais

Dólar continua movimento de alta, após leilão da cessão onerosa frustrar investidores (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Dólar continua movimento de alta, após leilão da cessão onerosa frustrar investidores (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 18h12.

O dólar avançou novamente contra o real nesta quinta-feira (7). A moeda chegou a ultrapassar a marca dos 4,10 reais durante o dia, com a frustração de investidores com os leilões de petróleo ainda pesando mais que o otimismo em relação a possível acordo comercial entre EUA e China.

O dólar à vista subiu 0,29%, a 4,093 reais na venda. Na B3, o dólar futuro era negociado em alta de 0,39%, a 4,1000 reais.

Após a decepção do mercado com o megaleilão da cessão onerosa, o clima não se dissipou nesta quinta-feira. Um consórcio da Petrobras com a chinesa CNODC arrematou o bloco Aram, na Bacia de Santos, durante a sexta rodada de licitação. Não houve propostas para os outros blocos ofertados.

Na quarta-feira (6), o dólar à vista  havia fechado em alta de 2,22%, a 4,0818 reais na venda, maior variação percentual diária desde 27 de março.

Para Fernando Bergallo, diretor de câmbio da FB Capital, a pressão no câmbio reflete mais do que a frustração com o leilão do pré-sal. "A percepção da falta de confiança no país é o grande mote da alta do dólar", disse.

Porém, Bergallo disse acreditar que a moeda está supervalorizada, mirando o nível de 4 reais para o dólar até o final deste ano.

A queda do dólar só não foi maior pela reação do mercado com a notícia de que os Estados Unidos e a China concordaram em reverter tarifas como parte da primeira fase de um acordo comercial, segundo uma autoridade dos EUA.

O índice do dólar contra uma cesta de moedas avançava 0,19%, puxado pela desvalorização do euro e da libra esterlina.

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