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Bolsa vira e fecha em alta após OMS declarar estado de emergência

Mercado vê em medida maior possibilidade de controle de surto de coronavírus

Ibovespa: índice se recupera no período da tarde e fecha em alta, após operar na casa dos 112 mil pontos (Chuanchai Pundej/EyeEm/Getty Images)

Ibovespa: índice se recupera no período da tarde e fecha em alta, após operar na casa dos 112 mil pontos (Chuanchai Pundej/EyeEm/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 18h24.

Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 20h35.

As primeiras negociações desta quinta-feira (30) indicavam mais um dia negativo na B3, com o Ibovespa chegando a operar na casa dos 112 mil. O cenário, no entanto, virou nos últimos negócios do dia e o Ibovespa fechou em alta de 0,12%, em 115.528,04 pontos. 

O movimento de recuperação começou no período da tarde, após a Organização Mundial da Saúde declarar emergência de saúde pública de importância internacional em decorrência do avanço do número de infectados pelo coronavírus, que já ultrapassa os 7,7 mil.

A medida foi encarada como positiva pelo mercado por abrir a possibilidade de uma maior atuação da OMS no controle da doença. “A leitura é a de que situação vai ser dominada. Não vai ter epidemia ou pandemia”, disse Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais. 

O movimento de recuperação também ocorreu em outros mercados, como o norte-americano. Por lá, o S&P 500 fechou em alta de 0,31%. Na Europa e na Ásia, onde as bolsas fecharam antes do anúncio da OMS, o dia foi de perdas, com o índice pan-europeu Stoxx 50 recuando 1,22% e o Hang Seng, de Hong Kong, caindo 2,62%. Na China, a bolsa permanece fechada pelo menos até segunda-feira (3). 

Apesar da melhora, o economista ainda vê espaço para o coronavírus continuar pressionando os mercados. “Não é nada definitivo. O mercado ainda vai ter muita volatilidade.”

No Brasil, a reação positiva foi sentida, principalmente, nas ações de maior liquidez, o que também contribuiu para que o Ibovespa se recuperasse com mais vigor. 

Bastante pressionada pelos possíveis efeitos do coronavírus na economia chinesa, os papéis da Vale encerraram em alta de 1,48%, após ter queda de 1,87% na menor cotação do dia. 

As siderúrgicas, que também vinham sofrendo com a doença, passaram por forte apreciação após a declaração da OMS. Na liderança do Ibovespa, as ações da Gerdau subiram 2,98% enquanto a CSN, 0,37%. Já a Usiminas fechou em queda de 1,11% embora tenha recuperado parte das perdas no período da tarde. Na mínima do dia, o papel da Usiminas chegou a se desvalorizar 5,57%.

As ações da Petrobras também passaram por onda de compra mais forte no fim do pregão. Os papéis ordinários da estatal fecharam na máxima do dia, em alta de 2,08%, já os preferenciais, subiram 0,31%.

No setor financeiro, a maior valorização ficou com as ações do Itaú, que tiveram apreciação de 1,46%, também fechando na máxima intradiária. Bradesco, Santander e Banco do Brasil tiveram alta de 1%, 0,75% e 0,69%, respectivamente.

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