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Bolsa ultrapassa os 106 mil pontos e quebra recorde de fechamento

Ibovespa subiu 1,23% à espera de votação de reforma da Previdência no Senado, que deve ocorrer nesta terça-feira (22)

Ibovespa fechou acima dos 106 mil pontos pela primeira vez da história e quebrou recorde julho (Dima Sidelnikov/Getty Images)

Ibovespa fechou acima dos 106 mil pontos pela primeira vez da história e quebrou recorde julho (Dima Sidelnikov/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 21 de outubro de 2019 às 17h32.

Última atualização em 22 de outubro de 2019 às 10h15.

São Paulo - O Ibovespa subiu 1,23% nesta segunda-feira (21) e teve fechamento recorde em 106.022 pontos. A marca não era batida desde julho deste ano e ocorre na véspera da votação da reforma da Previdência no Senado, que deve ser realizada nesta terça-feira (22).

De acordo com o analista da Terra Investimentos Régis Chinchila, a alta pode ter sido impulsionada por fatores da política nacional, principalmente pela antecipação à votação da reforma.

Outro fator que ele aponta como positivo para os mercados é o fim do imbróglio sobre o comando do partido do presidente Jair Bolsonaro na Câmara. Nesta segunda-feira, o deputado Eduardo Bolsonaro se tornou o líder do PSL da casa. “É positivo porque tira um pouco o assunto do radar dos mercados”, afirmou.

As ações da Yduqs, ex-Estácio, subiram 4,36% e estiveram entre as maiores valorizações do Ibovespa. Pela manhã, a empresa de educação confirmou a compra da totalidade das quotas do Adtalem Brasil, dono das marcas como o IBMEC, Wyden e Damasio Educacional. Na última terça-feira (15), o site EXAME já havia adiantado que a Yduqs negociava a compra do grupo.

Já a maior alta entre os papéis da carteira do índice ficou a cargo das ações da BRF, que saltaram 4,43% e recuperaram a perda 2,56% da última semana. Entre os frigoríficos, as ações da JBS e Minerva subiram 2,79% e 1,94%, respectivamente, enquanto as da Marfrig recuaram 0,86%.

A alta da sessão, porém, foi puxada pela Vale. Com grande peso no índice, as ações da mineradora subiram 2,56%. Em linha com a Vale, os papéis da CSN avançaram 2,61%.

Os grandes bancos também tiveram bom desempenho no pregão desta segunda-feira, sendo que as ações do Bradesco, Itaú-Unibanco, Santander tiveram altas acima de 1,2%. A exceção foram os papeis do Banco do Brasil, que se apreciaram 0,74%. Na última sexta-feira (18), o ativo da instituição financeira já havia se valorizado 2,56% na Bolsa.

Além da Vale e dos bancos, a Petrobras foi outra companhia com grande participação no Ibovespa a fechar o dia no positivo. Mesmo com o preço do petróleo  em baixa pelo terceiro dia consecutivo, os papéis ordinários da estatal se apreciaram 1,34% e os preferenciais, 0,62%.

Apesar do recorde na Bolsa, a moeda brasileira perdeu força frente a americana. Nesta segunda, o dólar subiu 0,272% e fechou sendo negociado a 4,1305 reais. Com parte significativa de sua receita em dólar, a Suzano viu suas ações se valorizarem 3,16%.

No exterior, os principais índices acionários do mundo fecharam em alta. Segundo Chinchila, o adiamento da decisão sobre o Brexit pode ter influenciado as bolsas de forma positiva, já que há a percepção de menor chance de o Reino Unido sair da União Europeia sem um acordo.

Apesar de o Ibovespa ter superado a maior pontuação para um fechamento, o recorde intradiário de 106.650 pontos continua intacto e sua última quebra foi em 10 de julho deste ano.

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