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Retrofit e áreas compartilhadas: veja 7 tendências para escritórios em 2026

Setor de escritórios em São Paulo registrou forte recuperação, com queda na taxa de vacância para o menor nível em 14 anos e aumento na absorção líquida

Grandes empresas retomaram o presencial, ou pelo menos reduziram drasticamente o número de dias de trabalho remoto (Westend61/Getty Images)

Grandes empresas retomaram o presencial, ou pelo menos reduziram drasticamente o número de dias de trabalho remoto (Westend61/Getty Images)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 11h47.

De Bradesco a Amazon, várias grandes empresas retomaram o presencial, ou pelo menos reduziram drasticamente o número de dias de trabalho remoto, deixando a tendência do home office no passado longínquo de 2020. Isso, claro, impulsionou o setor de escritórios, sobretudo em São Paulo, onde registrou forte recuperação, com queda na taxa de vacância para o menor nível em 14 anos e aumento na absorção líquida. 

A região de Rebouças, por exemplo, emergiu como destaque ao absorver a demanda transbordante de áreas saturadas como Faria Lima.

A região receberá o Biosquare, pré-locados pela Amazon, já em 2026. No futuro, receberá ainda um edifício corporativo de mais de 200 metros de altura, que deve figurar entre os mais altos da cidade, num terreno adquirido recentemente pela ASA.

Já o Bradesco decidiu retomar um de seus endereços mais simbólicos: o edifício Nova Central, na avenida Ipiranga, vizinho ao Copan. O banco estima um investimento de R$ 200 milhões para a revitalização do edifício, destinando 18 mil metros quadrados — do quinto ao vigésimo andar — para departamentos internos do banco que vão acomodar cerca de 2,2 mil funcionários.

Como serão os escritórios em 2026?

Com base em tantas mudanças ocorridas em apenas um ano, a Binswanger Brazil aponta sete tendências que deverão dominar o setor até 2026. Confira:

1. Aceleração de retrofits e reposicionamento de ativos

Com a escassez de terrenos e o aumento dos preços em áreas estratégicas, o retrofit ganha relevância como uma solução eficaz para modernizar edifícios antigos.

O foco estará em regiões como Paulista e Itaim Bibi, onde os imóveis passarão por melhorias significativas para atender às novas exigências de sustentabilidade e atratividade de mercado.

2. Expansão da demanda na Zona Descentralizada

À medida que os preços na Zona Centralizada continuam a subir, as empresas começam a buscar alternativas nas regiões descentralizadas, como Vila Leopoldina e Berrini.

Esses locais apresentam uma oferta maior de imóveis, preços mais acessíveis e uma infraestrutura em crescimento, tornando-se um ponto chave para a absorção líquida de espaços corporativos.

3. Hubs e escritórios satélites

A descentralização do ambiente corporativo está em alta, com muitas empresas optando por um modelo híbrido.

A combinação de um escritório principal, localizado em regiões nobres, com escritórios satélites em áreas mais periféricas, proporciona flexibilidade operacional e redução de custos com ocupação.

4. Ambientes compartilhados e redução de posições fixas

A busca por eficiência operacional leva as empresas a adotarem layouts mais flexíveis, com maior proporção de áreas compartilhadas e menos posições fixas.

Isso não só otimiza o uso do espaço, mas também permite que as empresas ajustem rapidamente suas operações às novas realidades de trabalho.

5. Escritórios sustentáveis orientados ao bem-estar e à experiência

Os escritórios do futuro deverão incorporar mais soluções voltadas para o bem-estar dos funcionários, como iluminação natural, qualidade do ar e áreas verdes.

Além disso, a experiência do colaborador se torna um diferencial importante, com as empresas investindo em ambientes que favoreçam o engajamento e a produtividade.

6. ESG como requisito obrigatório

A sustentabilidade deixa de ser um fator de diferenciação e se torna um pré-requisito para muitas empresas. As certificações ambientais e a implementação de práticas de governança e gestão eficiente de resíduos serão essenciais para manter a competitividade no mercado.

7. Workplace Intelligence e uso intensivo de tecnologia

A digitalização do ambiente corporativo continua a avançar com o uso de tecnologias que otimizam a experiência dos colaboradores e a gestão dos espaços. Sistemas de ocupação em tempo real, climatização inteligente e sensores de IoT estão se tornando padrões no design de escritórios, proporcionando maior eficiência e controle sobre os recursos.

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