Fundos imobiliários seguem em trajetória de alta (Orathai Mayer / EyeEm/Getty Images)
Repórter de Invest
Publicado em 12 de março de 2024 às 08h07.
Última atualização em 8 de abril de 2024 às 15h31.
Os fundos imobiliários (FIIs) continuaram em terreno positivo no segundo mês de 2024, de olho na tendência de queda de juros. Em fevereiro o IFIX, índice de referência para o mercado, subiu 0,79%. No ano, o IFIX avança 1,48%, na contramão do Ibovespa, principal índice acionário da B3, que acumula queda de 3,85%.
Os fundos de tijolo, que investem diretamente em imóveis, seguem entre os maiores retornos. Levantamento mensal elaborado pela plataforma de dados financeiros Quantum para a EXAME mostrou que seis entre os dez FIIs de maior rentabilidade em fevereiro eram desse segmento – e um deles “multiclasse”, categoria que engloba tijolo e papel (renda fixa) no mesmo produto.
Os fundos de papel, no entanto, podem ganhar novo incentivo após uma mudança implementada no início de fevereiro. No primeiro dia do mês, o governo mudou as regras para alguns dos mais famosos títulos isentos de imposto de renda do mercado, entre eles os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs).
Para ter acesso à isenção, os recursos captados terão que, obrigatoriamente, financiar projetos imobiliários. A alocação de capital nos fundos de papel pode ficar mais desafiadora com o novo cenário, segundo Caio Araujo, analista de fundos imobiliários da Empiricus Research (do mesmo grupo de controle da EXAME).
Por outro lado, esses fundos devem observar um aumento na demanda. “Com esse enxugamento de operações de renda fixa visadas pelos investidores, devemos presenciar um fluxo de capital positivo para os fundos imobiliários, sendo o segmento de crédito como destaque”, afirmou em artigo.