São Paulo - Vem aí o Kingdom Tower, prédio com quase 1 quilômetro de altura e que começa a ser construído na próxima semana em Jeddah, na Arábia Saudita.
Quando ficar pronto em 2020, ele deverá superar o Burj Khalifa, em Dubai, como o arranha-céu mais alto do planeta.
Sinal de uma economia promissora, certo? Errado. De acordo com o "Índice Arranha-Céu" da Barclays, a construção de um mega prédio está relacionada com a eclosão de uma grande crise econômica.
O período da Grande Depressão nos Estados Unidos foi marcado pela inauguração de três famosos arranha-céus de Nova York: o 40 Wall Street em 1929, o Chrysler Building em 1930 e o Empire State em 1931.
O choque do petróleo em 1973 foi precedido pelo primeiro World Trade Center em 1972 e sucedido pela Sears Tower, de Chicago, em 1974.
A construção das torres Petronas na Malásia em 1997 coincidiu com a crise econômica asiática e o Burj Khalifa começou a ser construído em 2004 e teve seu exterior finalizado em 2009 - poucos meses após a eclosão da crise financeira.
Não é uma mera coincidência. A construção dos prédios tão altos é só o símbolo mais visível de um "boom mais amplo de construção de arranha-céus, que reflete uma generalizada má alocação de capital e uma iminente correção econômica", de acordo com a firma.
Mas não é só. De acordo com Andrew Lawrence, criador do índice, existe também "o fator das pessoas quererem colocar um monumento ao boom de construção e ao crescimento da cidade. Então sempre vem através de uma disposição, do lado político, de ver estes grandes prédios serem construídos."
Como não é só a altura dos grandes prédios que importa, mas também a quantidade, é bom ficar de olho na China e na Índia.
Duas tendências tem marcado a construção destes edifícios nos últimos anos: a migração da América do Norte para a Ásia e o Oriente Médio e a predominância dos residenciais. O Kingdom Tower confirma o movimento e deve contar com luxuosos apartamentos.
O "Índice Arranha-Céu" foi criado originalmente em 1999 por Lawrence quando ele ainda era analista do banco de investimentos Kleinwort Bason. Ele acabou levando seu trabalho para a empresa de serviços financeiros Barclays, que começou a publicar o índice em 2012.
Na época, a empresa afirmou que "felizmente, não há atualmente um arranha-céu sendo construído que tenha como meta superar a altura do Burj Khalifa". Agora, o cenário mudou - e a economia global que se cuide.
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1. Os mais altos
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1/12 (Alexander Hassenstein/Getty Images)
São Paulo – O céu ainda vai continuar mais perto do chão em
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa (foto), teve seu lugar no topo dos rankings de construções mais altas ameaçado por um tempo, quando a
China começou a construir o que seria o Sky City, de 838 metros de altura – dez a mais que o concorrente de Dubai. Mas riscos nas obras e problemas burocráticos fizeram com que os chineses suspendessem a construção. Pelo menos nos próximos anos, o Burj Khalifa seguirá soberano em seu reinado. Sua posição não será sequer ameaçada pela nova construção dos chineses, a Shanghai Tower, que deve ficar pronta em 2014 e terá 632 metros de altura. Os 121 andares não chegam perto dos 163 do Burj Khalifa, mas são altos o suficiente para mudar definitivamente o horizonte da cidade chinesa. Não é só na China que o desenho urbano vai sofrer alterações nos próximos meses. Segundo a
consultoria Emporis, especializada em arranha-céus ao redor do globo, outras nove construções vão entrar na lista das cinquenta maiores do mundo. Clique nas fotos e confira as principais informações dos prédios que vão mudar os horizontes de cidades como
Xangai, Abu Dhabi, Dubai e Moscou, entre outras, já no ano que vem.
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2. Shanghai Tower - Xangai, China
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2/12 (Wikimedia Commons)
Altura: 632,11m
Andares: 121
Início da construção: 2008
Previsão de conclusão: 2014
Empresa responsável: Gensler
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3. One World Trade Center - Nova York, Estados Unidos
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3/12 (Spencer Platt/AFP)
Altura: 541,33m
Andares: 104
Início da construção: 2006
Previsão de conclusão: 2013
Empresa responsável: Mueser Rutledge Consulting Engineers e Skidmore, Owings & Merrill (New York)
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4. Empreendimento ainda sem nome - Dubai, Emirados Árabes Unidos
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4/12 (Gabriela Maj/Bloomberg)
Altura: pelo menos 520m
Andares: sem informações
Início da construção: sem previsão
Previsão de conclusão: sem previsão
Empresa responsável: Dubai Multi Commodities Centre
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5. The Domain - Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
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5/12 (Divulgação)
Altura: 382m
Andares: 88
Início da construção: 2010
Previsão de conclusão: 2014
Empresa responsável: Halvorson and Partners
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6. JW Marriott Marquis 2 - Dubai, Emirados Árabes Unidos
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6/12 (Divulgação)
Altura: 355m
Andares: 77
Início da construção: 2006
Previsão de conclusão: 2014
Empresa responsável: Marriott
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7. Ahmed Abdul Rahim Al Attar Tower - Dubai, Emirados Árabes Unidos
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7/12 (Wikimedia Commons)
Altura: 342m
Andares: 76
Início da construção: 2005
Previsão de conclusão: 2014
Empresa responsável: Gulf Engineering & Consultants
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8. Mercury City - Moscou, Rússia
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8/12 (Wikimedia Commons)
Altura: 338,82m
Andares: 75
Início da construção: 2006
Previsão de conclusão: 2013
Empresa responsável: Frank Williams & Partners e M.M.Posokhin
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9. Modern Media Center - Changzhou, China
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9/12 (Divulgação)
Altura: 332m
Andares: 57
Início da construção: 2010
Previsão de conclusão: 2013
Empresa responsável: sem dados
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10. Hotel Ryugyong - Pyongyang, Coreia do Norte
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10/12 (Wikimedia Commons)
Altura: 330,02m
Andares: 105
Início da construção: 1986
Previsão de conclusão: 2013
Empresa responsável: Baikdoosan Architects & Engineers
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11. Al Yaquob Tower - Dubai, Emirados Árabes Unidos
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11/12 (Wikimedia Commons)
Altura: 330m
Andares: 72
Início da construção: 2006
Previsão de conclusão: 2013
Empresa responsável: Adnan Z Saffarini
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12. Agora, veja as torres mais altas do mundo
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12/12 (Feng Li/Getty Images)