Preço de imóveis no Brasil começa a se acomodar
Preços devem sofrer menor aumento, acompanhando a inflação, em meio a cenário de acomodação de renda e crédito
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 15h40.
São Paulo - Os preços dos imóveis nas principais cidades brasileiras devem intensificar a tendência de estabilização a partir de 2013, acompanhando o cenário de acomodação de renda e crédito, afirmaram economistas nesta segunda-feira.
O preço médio do metro quadrado de imóveis anunciados em 16 cidades brasileiras iniciou o ano com alta de 0,9 por cento em janeiro sobre dezembro, segundo o índice FipeZap ampliado, crescimento inferior ao visto um ano antes, quando houve aumento de 1,1 por cento.
"O grande motor para explosão dos preços foi renda e crédito, fatores que vão ter comportamento diferente agora", disse o coordenador do Fipe Zap, Eduardo Zylberstajn, prevendo uma tendência de estabilização da renda e da oferta de crédito.
"As condições para compra de imóveis não vão melhorar tanto quanto já melhoraram, o que deve resultar em menor pressão da demanda (sobre os preços)".
Para Zylberstajn, ao ser menos incentivada, a demanda deve se refletir em menor aumento de preços, que acompanharão o desempenho da inflação, embora em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, o movimento pode seguir mais forte.
"Oscilações vão continuar ocorrendo, dependendo da localização do imóvel", acrescentou.
Para o economista Danilo Igliori, do BTG Pactual, não deve haver queda acentuada nos preços de imóveis. Em vez disso, o provável é uma desaceleração da alta.
Igliori disse não ver a capacidade de pagamento dos tomadores como uma preocupação, considerando que a taxa de desemprego se mantém baixa.
PREÇO CAI EM SETE CIDADES
Segundo o índice Fipe Zap, a variação de preço acumulada desde junho de 2012 mostrou queda real do metro quadrado anunciado em sete cidades do país: Curitiba (-6,1 por cento), Brasília (-5,8 por cento), Florianópolis (-4,4 por cento), Vila Velha (-3,5 por cento), Vitória e Belo Horizonte (ambas com -1,1 por cento) e Recife (-0,6 por cento).
Por outro lado, Niteroi (+5,4 por cento) e Porto Alegre (+4,6 por cento) registraram os maiores aumentos reais nos preços. São Paulo e Rio de Janeiro registraram nesse mesmo período aumentos reais de 4,2 e 3,5 por cento, respectivamente.
Ainda conforme o indicador, o Rio de Janeiro respondeu pelo metro quadrado mais caro do país, alcançando 8.711 reais no mês passado. Já em Vila Velha (ES) foi apurado o menor valor, de 3.440 reais. Em São Paulo, o preço do metro quadrado em janeiro foi de 6.922 reais, enquanto a média das 16 cidades pesquisadas foi de 6.350 reais.
Desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o portal online Zap Imóveis, o indicador passou a acompanhar neste ano o preço médio do metro quadrado de imóveis prontos anunciados nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, em São Paulo; Niterói (RJ), Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo; Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC).
São Paulo - Os preços dos imóveis nas principais cidades brasileiras devem intensificar a tendência de estabilização a partir de 2013, acompanhando o cenário de acomodação de renda e crédito, afirmaram economistas nesta segunda-feira.
O preço médio do metro quadrado de imóveis anunciados em 16 cidades brasileiras iniciou o ano com alta de 0,9 por cento em janeiro sobre dezembro, segundo o índice FipeZap ampliado, crescimento inferior ao visto um ano antes, quando houve aumento de 1,1 por cento.
"O grande motor para explosão dos preços foi renda e crédito, fatores que vão ter comportamento diferente agora", disse o coordenador do Fipe Zap, Eduardo Zylberstajn, prevendo uma tendência de estabilização da renda e da oferta de crédito.
"As condições para compra de imóveis não vão melhorar tanto quanto já melhoraram, o que deve resultar em menor pressão da demanda (sobre os preços)".
Para Zylberstajn, ao ser menos incentivada, a demanda deve se refletir em menor aumento de preços, que acompanharão o desempenho da inflação, embora em grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, o movimento pode seguir mais forte.
"Oscilações vão continuar ocorrendo, dependendo da localização do imóvel", acrescentou.
Para o economista Danilo Igliori, do BTG Pactual, não deve haver queda acentuada nos preços de imóveis. Em vez disso, o provável é uma desaceleração da alta.
Igliori disse não ver a capacidade de pagamento dos tomadores como uma preocupação, considerando que a taxa de desemprego se mantém baixa.
PREÇO CAI EM SETE CIDADES
Segundo o índice Fipe Zap, a variação de preço acumulada desde junho de 2012 mostrou queda real do metro quadrado anunciado em sete cidades do país: Curitiba (-6,1 por cento), Brasília (-5,8 por cento), Florianópolis (-4,4 por cento), Vila Velha (-3,5 por cento), Vitória e Belo Horizonte (ambas com -1,1 por cento) e Recife (-0,6 por cento).
Por outro lado, Niteroi (+5,4 por cento) e Porto Alegre (+4,6 por cento) registraram os maiores aumentos reais nos preços. São Paulo e Rio de Janeiro registraram nesse mesmo período aumentos reais de 4,2 e 3,5 por cento, respectivamente.
Ainda conforme o indicador, o Rio de Janeiro respondeu pelo metro quadrado mais caro do país, alcançando 8.711 reais no mês passado. Já em Vila Velha (ES) foi apurado o menor valor, de 3.440 reais. Em São Paulo, o preço do metro quadrado em janeiro foi de 6.922 reais, enquanto a média das 16 cidades pesquisadas foi de 6.350 reais.
Desenvolvido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o portal online Zap Imóveis, o indicador passou a acompanhar neste ano o preço médio do metro quadrado de imóveis prontos anunciados nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, em São Paulo; Niterói (RJ), Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo; Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Florianópolis (SC).