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Metro quadrado de imóvel novo na cidade de São Paulo chega a R$ 37 mil

Lançamentos bateram recorde no ano; preço médio do imóvel na capital é de R$ 782 mil

São Paulo: mercado movimentou R$ 92,63 bilhões em valor geral de vendas ( Leandro Fonseca/Exame)

São Paulo: mercado movimentou R$ 92,63 bilhões em valor geral de vendas ( Leandro Fonseca/Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 16h11.

A cidade de São Paulo registrou o lançamento de mais de 150,7 mil apartamentos nos 12 meses encerrados em outubro de 2025. O número representa um crescimento de 31% em comparação com o mesmo período do ano passado, estabelecendo um recorde para a capital. Os números foram levantados pela consultoria Brain Inteligência Estratégica.

O aquecimento do mercado também se refletiu nos preços. O valor médio do metro quadrado de imóveis novos na capital subiu de R$ 14,7 mil, em outubro de 2024, para R$ 15,8 mil em outubro deste ano. O preço médio do metro quadrado das unidades de super luxo, no entanto, chegam a R$ 37 mil. Já o tíquete médio de uma unidade em São Paulo é R$ 782 mil.

Em termos de Valor Geral de Vendas (VGV), o mercado paulistano movimentou R$ 92,63 bilhões nos 12 meses até outubro, contra R$ 72,3 bilhões no período anterior, registrando um crescimento de 28%.

Segundo a Brain, o segmento de alto padrão foi o que apresentou o maior crescimento proporcional. A participação dos imóveis de luxo nos lançamentos aumentou de 9% para 14,6%. No total, foram 79 empreendimentos desse tipo entre os 541 lançados na cidade.

Apesar da expansão dos imóveis de luxo, a maioria dos lançamentos continua concentrada nos segmentos econômico e de apartamentos compactos, que, juntos, representaram mais de 60% do total.

As unidades do programa Minha Casa, Minha Vida aumentaram de 70,6 mil lançamentos, em outubro de 2024, para 93,5 mil neste ano, alcançando o maior número desde outubro de 2022 e representando cerca de 63% do total de lançamentos em 2025.

As vendas no programa também cresceram, passando de 58,5 mil para 78,1 mil unidades. Por outro lado, o segmento de médio padrão perdeu participação, ficando com 21,4% dos lançamentos.

A demanda suporta os lançamentos?

Com a aceleração das vendas, o estoque de imóveis avança a um ritmo mais lento. Segundo o estudo, as cerca de 97 mil unidades ainda disponíveis no final do período de lançamentos seriam absorvidas em menos de sete meses se o ritmo atual for mantido. Apenas 10% dessas unidades estão prontas para morar, enquanto o restante ainda está em construção.

Os bairros com maior volume de lançamentos foram Chácara Santo Antônio, com 7,9%, e Jardim América da Penha, com 7,0%. Já os bairros com maior volume de vendas foram Vila Mariana, com 3,9%, e Chácara Santo Antônio, com 3,5%.

Em termos de vendas, o levantamento aponta que 142,7 mil unidades residenciais verticais foram comercializadas nos 12 meses encerrados em outubro de 2025, o que representa um crescimento de 24% em comparação com o período anterior.

O valor geral de vendas (VGV) acumulado das unidades vendidas atingiu R$ 88,901 bilhões, refletindo um aumento de 40% em relação ao período anterior.

As unidades do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) desempenharam um papel crucial, representando 54,7% do total de unidades vendidas nos últimos 12 meses. No período de janeiro a outubro de 2025, o MCMV totalizou 67 mil unidades vendidas.

A Brain projeta para 2026 um crescimento de 10% a 20% nos lançamentos e nas vendas. Segundo a consultoria, os principais fatores que devem impulsionar o mercado são a expectativa de queda nas taxas de juros no primeiro trimestre do próximo ano e as novas opções de financiamento imobiliário lançadas em 2025.

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