Mercado Imobiliário

Boom imobiliário em SP: projeção de entregas de condomínios em 2024 é quase dobro do ano passado

Mapeamento da Lello estima entrega de 818 empreendimentos na capital paulista este ano

Vista de São Paulo (SP): capital paulista terá entrega recorde de novos condomínios em 2024 (Leandro Fonseca/Exame)

Vista de São Paulo (SP): capital paulista terá entrega recorde de novos condomínios em 2024 (Leandro Fonseca/Exame)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 13h55.

Última atualização em 29 de janeiro de 2024 às 18h51.

A cidade de São Paulo deve ficar ainda mais vertical este ano, com a entrega de 818 novos condomínios, totalizando 150 mil apartamentos. O número é quase o dobro dos 424 empreendimentos entregues no ano passado, segundo levantamento realizado pelo Data Lello, frente de dados da administradora de condomínios Lello.

A capital paulista tem liderado uma tendência de retomada nacional no mercado de vendas de imóveis, puxada pelo segmento de luxo – o mais resiliente do mercado imobiliário – e por uma explosão na demanda por imóveis voltados para famílias de baixa renda. 

Para este ano, no entanto, o destaque deve ficar com os condomínios de médio padrão, que vão representar 36% dos novos lançamentos de 2024, segundo a Lello. Um dos principais impulsos para o segmento deve vir da redução da taxa básica de juros, a Selic, que pode diminuir o custo de financiamento e dar novo fôlego à demanda.

“Nunca se viu um momento como este, [impulsionado por] uma aposta na estabilidade da economia, na queda de juros e na força [do mercado de] São Paulo”, afirmou, em nota, Angelica Arbex, diretora de marketing da Lello Condomínios e coordenadora do estudo.

A maioria dos condomínios entregues em 2024 serão residenciais: 98% dos empreendimentos são voltados para moradia, enquanto outros 2% são comerciais. O valor médio do metro quadrado desse montante é de R$ 14,5 mil, com preço médio de R$ 1,6 milhão por unidade.

Os bairros paulistanos que irão receber o maior número de condomínios são Pinheiros, Perdizes, Butantã e Itaim Bibi na Zona Oeste; Vila Mariana e Vila Clementino na Zona Centro-Sul; e Ipiranga, Vila Nova Conceição e Brooklin na Zona Sul. 

Veja abaixo as especificações para os empreendimentos em cada faixa de preço:

Alto padrão

Os condomínios de alto padrão vão responder por 24,8% das novas entregas. Serão 203 empreendimentos até o fim do ano, com valor de R$ 22,5 mil o metro quadrado e média de 89 apartamentos por prédio. O valor médio de cada unidade é de R$ 4,1 milhões.

Os bairros mais populares para esse tipo de empreendimento são: Pinheiros, Vila Nova Conceição, Perdizes, Itaim Bibi e Vila Mariana.

Médio padrão

 Os prédios de médio padrão serão a maioria este ano, representando 36% das entregas na cidade, com 295 empreendimentos. O valor do metro quadrado médio é de R$ 15,2 mil, com uma média de 183 unidades por condomínio. Já o valor médio de cada apartamento fica em R$ 710 mil.

Vila Mariana, Perdizes, Pinheiros, Vila Clementino e Moema são os bairros que mais devem receber empreendimentos nessa faixa de preço.

Médio-baixo padrão

Os condomínios do tipo médio-baixo padrão vão contar com 24,2% das novas entregas, apresentando 198 novas edificações. O metro quadrado irá custar, em média, R$ 9,05 mil por empreendimento, com uma média de 256 apartamentos por condomínio. O valor médio de cada unidade é de R$ 382 mil.

Os bairros que mais devem receber esse tipo de condomínio são: Butantã, Barra Funda, Belenzinho, Cambuci e Ipiranga.

Econômico

O segmento econômico, por sua vez, deve receber 94 novos empreendimentos – 11,5% do total esperado para o ano. O valor médio do metro quadrado é de R$ 6,5 mil, com 280 unidades por condomínio. O valor médio de cada apartamento é de R$ 231 mil.

Parque Novo Mundo, Guaianases, Itaquera, Paraisópolis e Pirituba são os bairros com maior protagonismo nos condomínios para essa faixa de renda.

Veja também

Acompanhe tudo sobre:Imóveisfinanciamento-de-imoveissao-paulo

Mais de Mercado Imobiliário

Descubra quanto tempo demora para comprar um imóvel

Para que serve inscrição imobiliária?

CMN regulamenta utilização de imóvel como garantia em mais de uma operação de crédito imobiliário

É possível comprar um apartamento ganhando só um salário mínimo?