Especulômetro EXAME-Loft aponta redução de preço de imóveis em São Paulo
Índice Especulômetro EXAME-Loft aponta que cenário é favorável para quem quer comprar um imóvel na capital paulistana
Karla Mamona
Publicado em 18 de maio de 2022 às 08h41.
Última atualização em 18 de maio de 2022 às 09h28.
Quem planeja comprar um imóvel na cidade de São Paulo encontrará boas oportunidades. Isso porque o preço do metro quadrado caiu em alguns bairros da capital. É o que aponta a nova edição da edição do Índice Especulômetro EXAME-Loft, que contempla 23 bairros.
Quatro bairros tiveram redução no preço do preço do metro quadrado: Aclimação, Alto da Lapa, Chácara Klabin e Jardim Paulistano. No primeiro caso, a redução foi de R$ 9.506 por metro quadrado para R$ 9.380. No segundo, de R$ 9.195 para R$ 8.508. Já na Chácara Klabin, o valor do m² passou de R$ 9.197,32 para R$ 8.943,37, enquanto no Jardim Paulistano saiu de R$ 11.490 para R$ 9.987.
"Chama a atenção que o número de bairros com redução expressiva no valor do metro quadrado tenha aumentado neste mês, consolidando o cenário favorável para quem quer e pode comprar", afirmou Fábio Takahashi, gerente de dados e conteúdo da Loft.
O indicador considera 23 bairros na capital paulista, sendo que 17 apresentaram estabilidade de preço e somente dois registraram alta, Bela Vista e Itaim Bibi.
Valor anunciado x valor transacionado
Além do preço do metro quadrado, o Índice Especulômetro EXAME-Loft analisa a diferença de valores entre o anúncio e o de contrato acertado registrado em cartório. Este dado é fundamental para quem quer comprar um imóvel porque sinaliza o quanto pode se arrastar uma eventual negociação de preço entre vendedor e comprador. Quanto maior a diferença, em tese mais demorada a negociação.
Ao analisar os bairros, os dados indicam que a especulação, ou seja, diferença de preço entre o valor anunciado no mercado e o transacionado em cartório, o maior foi registrado em Moema Índios, seguido pelo Jardim Paulistano, Vila Madalena e Jardim Paulista.
Fábio Takahashi explica que mesmo nos bairros com aumento no valor transacionado, aparentemente é algo circunstancial. “Desde fevereiro não tínhamos bairro com crescimento expressivo. Vamos acompanhar como se comportarão essas áreas nos próximos levantamentos."
Ao analisar a especulação nos 23 bairros, os dados apontam que em 8 bairros houve redução de diferença e 7 apresentaram alta nesta nova edição. Segundo Takahashi, isso pode ser um indicativo que o mercado parece seguir procurando um novo equilíbrio, considerando o cenário econômico.