Mercado imobiliário

Aluguel em São Paulo completa três anos seguidos de alta nos preços; entenda

Índice QuintoAndar Imovelweb aponta um novo recorde de preços no balanço de julho

São Paulo skyline with mirrored corporate buildings in Vila Olímpia, Itaim Bibi

São Paulo skyline with mirrored corporate buildings in Vila Olímpia, Itaim Bibi

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 12 de agosto de 2024 às 14h52.

O preço médio do aluguel em São Paulo bateu um novo recorde e subiu a R$ 63,99 por metro quadrado – alta de 0,57% em comparação a junho, segundo o Índice QuintoAndar Imovelweb (veja metodologia abaixo). O resultado marca três anos consecutivos de alta no aluguel paulistano nos cálculos do indicador. Desde que o índice foi lançado, há 36 meses, já houve avanço de 38% – com alta de 9,32% no último ano.

Segundo o QuintoAndar, o movimento reforça o aquecimento do mercado imobiliário na cidade, apesar da desaceleração registrada nos últimos meses. “Diferentemente de outras cidades que vivem um cenário de desaceleração contínua, São Paulo estabilizou a alta em 12 meses num patamar entre 9% e 10%, bem acima da inflação”, afirmou Thiago Reis, gerente de dados do grupo QuintoAndar. A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, fechou o ano de 2023 a 4,62%.

Em tipologia de imóveis, os mais caros são as opções de um dormitório, com preço de R$ 78,51 por metro quadrado – alta de 8,53% em 12 meses. Na sequência, os imóveis de dois quartos têm preço de R$ 56,05 por metro quadrado, um avanço de 9,34% em um ano. Os dois segmentos não apresentaram retração de preço desde a criação do índice. Já os imóveis de três dormitórios tiveram uma queda pontual nesse período, em setembro de 2023. O custo por metro quadrado é de R$ 54,70, com alta de 9,86% nos preços em 12 meses.

O preço médio de aluguel de um quarto (45m²) é de R$ 1.670 a R$ 1.840. Adicionando vaga de garagem e mobília, pode alcançar R$ 2.280. Para dois quartos (80m²), o preço médio avança de R$ 2.210 a R$ 2.430, chegando a até R$ 3.010 nas opções com vaga e móveis. Considerando três quartos e uma vaga (120m²), a média sobe para o intervalo de R$ 2.870 a R$ 3.150, podendo chegar a R$ 3.920 com mobília.

Quais são os bairros mais caros de São Paulo para aluguel?

O levantamento estima ainda quais são os bairros mais caros da cidade para alugar um imóvel. A estimativa considera o preço do metro quadrado para o mês de julho. Na liderança está a Vila Olímpia, na Zona Sul, com valor de R$ 101,6/m².

  1. Vila Olímpia (Zona Sul): R$ 101,6/m²
  2. Brooklin (Zona Sul): R$ 93,2/m²
  3. Jardim América (Zona Sudoeste): R$ 92,2/m²
  4. Vila Nova Conceição (Zona Sul): R$ 88,1/m²
  5. Pinheiros (Zona Oeste): R$ 87,1/m²
  6. Itaim Bibi  (Zona Sudoeste): R$ 86,8/m²
  7. Moema (Zona Sul): R$ 78,7/m² 
  8. Jardim Europa (Zona Oeste): R$ 77,2/m²
  9. Campo Belo (Zona Sul): R$ 75,7/m² 
  10. Chácara Santo Antônio(Zona Sul): R$75,3/m²  

Quais bairros de São Paulo tiveram queda nos preços para aluguel?

O estudo também avalia a alta de preços entre os bairros paulistanos. No último ano, apenas seis deles apresentaram baixas nos preços. Foram eles:

  1. Vila Antonieta (Zona Leste): - 6,7%
  2. Cidade Patriarca (Zona Leste): - 4,7%
  3. Parque Novo Mundo (Zona Norte): - 2,5%
  4. Vila Mariana (Zona Centro-Sul): - 1,3%
  5. Jardim Peri (Zona Norte): - 0,5%
  6. Vila Madalena (Zona Oeste): - 0,4%

Metodologia do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb

Divulgado mensalmente, o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb avalia a evolução mensal dos preços tanto de anúncios como de contratos de aluguel para chegar a um preço geral para cada bairro e cada cidade. Os dados são ponderados para formar um índice geral da cidade. 

Os bairros com maior número de imóveis alugados têm um peso relativamente maior na composição do índice geral. Segundo o QuintoAndar, o indicador final é uma média ponderada e suavizada, dos preços levando em conta os meses anteriores.

O índice usa ainda um modelo de preços flexível, que permite a incorporação de variáveis estruturais e de localização. Fatores como tamanho do imóvel, número de vagas de garagem, acessibilidade a escolas, entre outros, são levados em conta para ajustar o índice.

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