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Tecnologias do futuro: como conectá-las à realidade?

Quando as empresas finalmente estão se adaptando a uma nova tecnologia, surge outra ainda mais atualizada e que possibilita novos avanços

Nova Bienal Rio Arte e Tecnologia, no MAR. Tube - Numen for use. (Agência Brasil/Divulgação)

Nova Bienal Rio Arte e Tecnologia, no MAR. Tube - Numen for use. (Agência Brasil/Divulgação)

Publicado em 27 de maio de 2024 às 05h00.

Tecnologias como inteligência artificial, machine learning, IoT, computação quântica e realidade virtual e aumentada ainda são vistas por muitos como algo distante, que está reservado apenas ao futuro. Porém, principalmente no último ano, esse pensamento se provou ultrapassado, ainda mais com o avanço da IA generativa em todo o mundo e de produtos como carros autônomos, impressora 3D, acessórios e roupas inteligentes, que estão transformando a rotina da população.

Isso porque, ainda que essas inovações já existam atualmente e possam ser acessadas pelas pessoas e empresas, há um desafio de como torná-las mais acessíveis e conectá-las à realidade de forma fácil e rápida. Além disso, como a capacidade de aprendizado das máquinas e a automação evoluem a um ritmo muito acelerado, é difícil acompanhar e se aproveitar desses progressos na mesma velocidade.

Ou seja, quando as empresas finalmente estão se adaptando a uma nova tecnologia e fazendo uso dela para melhorar seus processos e serviços, surge outra ainda mais atualizada e que possibilita novos avanços – o que torna mais complexa a tarefa de acompanhar as inovações e trazê-las para a realidade.

Outro ponto importante é que, muitas vezes, a utilização dessas ferramentas envolve questões éticas e regulatórias, e sabemos que leis e regulamentações demoram até serem discutidas, criadas e de fato aplicadas. As preocupações relacionadas à cibersegurança e transparência no uso de dados dos usuários também dificultam essa missão, e trazem novas camadas para as discussões sobre o tema.

Porém, esses obstáculos não estão impedindo as companhias de investirem em tecnologia e inovação, como mostram dados do estudo Inteligência Artificial na América Latina 2023, realizado pela NTT Data em parceria com o MIT Tech Review, que revelam que em 80% das organizações latino-americanas os projetos de IA já estão em desenvolvimento e a sua utilização está em ritmo acelerado.

Dito isso, acredito que uma iniciativa fundamental para conectar as tecnologias emergentes ao cotidiano é o investimento em pesquisa e desenvolvimento por parte dos governos e empresas, assim como em educação e qualificação de profissionais dos mais diversos segmentos.

As agendas de sustentabilidade também merecem atenção especial, pois é crucial que as inovações não causem danos ao meio ambiente – muito pelo contrário, cada dia mais haverá um foco maior em ferramentas que ajudem o planeta e incentivem um consumo consciente. Além disso, não podemos ignorar que há ainda uma certa resistência à mudança e ao novo que precisa ser superada para que alcancemos o futuro que tanto almejamos.

Mesmo que essa jornada seja complexa e repleta de desafios, nunca estivemos tão prontos e dispostos a fazer dar certo. Garantir que as novas tecnologias melhorem verdadeiramente a qualidade de vida e impulsionem para um futuro mais sustentável são compromissos que vão além da lógica capitalista, e felizmente já são vistos como essenciais para a evolução da sociedade.

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