Marketing

Prédio histórico de São Paulo exibirá publicidade

Baseado em artigo da Cidade Limpa, Mundial poderá expor sua marca durante restauro do Ed. Guinle

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 14h04.

São Paulo - Mais de quatro anos depois de entrar em vigor, a Lei Cidade Limpa – que colocou fim a painéis e outdoors nas ruas de São Paulo – continua levantando dúvidas, polêmicas e trazendo novidades.

Dentro de aproximadamente 15 dias, pela primeira vez, um prédio vai voltar a exibir uma marca em toda sua fachada, beneficiado pelo artigo 50 da lei, que permite o uso de publicidade para financiar restauro em imóveis de interesse histórico.

Trata-se do edifício Guinle, construído em 1913 na Rua Direita, no Centro, e que foi comprado pela Mundial, loja de calçados que ocupa o térreo do prédio. A própria Mundial vai exibir sua marca, em todos os lados, em tela ortofônica (semi-transparente e utilizada para cobrir prédios em construção ou reformas) durante a obra, orçada em R$ 700 mil. Junto com a logomarca, estarão os dizeres: “trabalhando pela preservação do nosso patrimônio”.

O problema é que as empresas desconhecem o artigo 50 da Lei Cidade Limpa, relata Regina Monteiro, diretora de paisagem urbana da SP Urbanismo, responsável pela Cidade Limpa. A ideia da Prefeitura, segundo a executiva, é incentivar empresas privadas a financiarem obras de restauro de imóveis tombados ou de interesse histórico em São Paulo, com a oportunidade de poderem voltar a exibir suas marcas nas ruas. “Esse instrumento é para isso, a empresa que quiser ser parceira, recuperando um imóvel tombado, pode colocar a logomarca lá”, diz Regina. A autorização para a Mundial foi dada pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). Agora, falta a assinatura do prefeito Gilberto Kassab para publicação no Diário Oficial.

Outros dois prédios que se tornaram símbolos de São Paulo também tentam usar o mesmo recurso para restaurar suas fachadas: o Copan, obra de Oscar Niemayer, também localizada no Centro; e o Bretagne, em Higienópolis. “O Copan está acertando o projeto final, está bem adiantado. No caso deles, eles precisam de muitos parceiros, empresas privadas, porque a obra é de R$ 30 milhões para mais”, falou.

Para a diretora da SP Urbanismo, essa é uma boa alternativa para as empresas que antes investiam em outdoors e uma revisão de valores. “Em 2006, o valor de um outdoor era, em média, de R$ 4 mil por semana. Qualquer empresa que antes fazia mídia exterior pode ficar até três anos reformando um bem tombado. Dessa revisão de valores da mídia na paisagem urbana que a gente gostaria que o pessoal do setor se apropriasse”, destacou. Vale lembrar que está na Câmara dos Vereadores o Projeto de Lei 47/2010, que trata da concessão para exploração publicitária em mobiliário urbano.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasestrategias-de-marketingMetrópoles globaisPublicidadesao-paulo

Mais de Marketing

Burger King e Mari Maria lançam glosses com aromas inspirados em itens do cardápio

Casa da Asics em São Paulo já realizou mais de 20 mil encontros com corredores

Caravana de Natal da Coca-Cola Femsa Brasil percorre 85 cidades e tem até IA; veja locais

Spaten: como uma marca de 600 anos continua de pé e 'lutando' pelo consumidor?