A entrada da feira em Londres: local vai reunir as principais galerias de arte contemporânea (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2011 às 17h34.
Londres - Londres se transformou nesta quinta-feira na capital da arte contemporânea com a inauguração da feira Frieze entre as árvores do Regent's Park e o início da temporada de leilões de arte de pós-guerra e contemporânea.
Durante quatro dias, os mais importantes donos de galerias, colecionadores e especialistas do mundo se reunirão na capital britânica naquele que será um teste de como a crise europeia afetará o mercado da arte.
A Frieze, que com nove anos de vida se transformou em uma das feiras mais importantes do mundo, atraiu como um ímã a atenção do mundo de arte ao mesmo tempo em que grandes casas de leilões como Christie's, Sotherby's e Bonhams aproveitam esta semana para vender obras de Lucian Freud, Damien Hirst e Basquiat.
'O ambiente é otimista, as pessoas estão contentes', afirmou à Agência Efe Pedro Maisterra, diretor da galeria espanhola Maisterravalbuena, que participa do evento londrino.
Maisterra acredita que nas grandes feiras como o Frieze não se nota a crise, pois é onde se concentra toda a atividade do ano e considera que, embora agora se aposte mais em valores seguros, a especulação não é o motor.
Entre as salas de leilão que aproveitam o empurrão da feira e o apetite de seus compradores para lançar ao mercado grandes obras, se destacam os 300 lotes da Crhistie's que poderiam alcançar até 345 milhões de euros em suas vendas de amanhã e sábado.
'A semana da Frieze se transformou em um dos encontros mais importantes do calendário da arte, algo que conseguiu em muito pouco tempo graças a um progressivo aumento das vendas que catalisa a crescente demanda por material de alta qualidade', afirmou o responsável de arte contemporâneo e de pós-guerra da Europa da Christie's, Francis Outred.
Por sua parte, a casa Sotheby's leiloa hoje várias obras do recém falecido Lucian Freud, uma delas, 'Boys Head', avaliada em mais de 5 milhões de euros.
Além disso, o frenético ritmo desta semana aumentou com a inauguração de um novo espaço da influente galeria White Cube, na margem sul do Tâmisa.
Com seus 5.400 metros quadrados, a nova aventura do poderoso galerista Jay Jopling é o maior recinto comercial de arte do Reino Unido e, desde agora, outro lugar para comprar obras dos artistas favoritos de seu dono: Damien Hirst, Gilbert and George e Doris Salcedo. EFE