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Como monitorar marcas de nomes comuns?

Saiba como empresas com nomes como Oi, Vivo e Claro lidam com o monitoramento de suas marcas nas redes sociais

Twitter: a primeira dica para filtrar os resultados é dar um nome ao que não deve ser coletado no monitoramento (Fred Tanneau/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 09h28.

São Paulo - Uma análise no site de busca social Topsy revela que existe uma média de aproximadamente quatro mil tuites com a palavra “oi” a cada hora. O número aumenta para quase cinco mil quando a palavra buscada é “claro”. Mesma média da palavra “vivo”. Como as empresas que possuem tais vocábulos em seus nomes lidam com o monitoramento de suas marcas nas redes sociais e na internet em geral? O Adnews conversou com especialistas para analisar tal situação.

Primeiramente, é preciso dar um nome ao que não deve ser coletado no monitoramento. O pessoal do Scup, empresa especializada em monitoramento e análise de marcas nas mídias sociais, por exemplo, nomeia este tipo de conteúdo de maneira bastante pertinente: eles são chamados de “lixo”.

Para se livrar do “lixo”, existe uma máxima ressaltada por todos os entrevistados: estratégia. “É impossível criar buscas que serão 100% assertivas inicialmente”, explica Deco Boaretto, analista de relacionamento com cliente do Scup.

Segundo Boaretto, é necessário criar diversas buscas e realizar testes para saber o que deve ou não ser procurado. “Quais tipos de itens estão sendo coletados? São interessantes? Está vindo muito ‘lixo’? Dos itens que realmente interessam, existem palavras ou expressões que sejam padrões (ou seja, aparecem em diversos itens), o nome da marca é mais comumente citado com alguma preposição antes?”, analisa.

Dependendo da empresa, há um nome para este tipo de estratégia. A SocialMetrix, especializada em Social Media Analytics, por exemplo, chama de Ontologia. “Ou seja, uma árvore de contexto relacionada à marca”, explica Adriana Karpovicz, account manager do grupo que tem marcas como Coca-Cola e Claro (na Argentina) no currículo.

De acordo com Adriana, é preciso relacionar a marca a tudo que envolve o produto, temáticas, características, campanhas e concorrência.


É claro que pequenas empresas podem realizar o monitoramento da marca manualmente. Entretanto, uma ferramenta profissional é indispensável quando vamos analisar uma grande marca, seus concorrentes e nichos de mercado, conforme explica Lucas Diniz, analista de social media marketing da Cadastra, agência de marketing digital especializada em Search Marketing (SEO e Links Patrocinados).

"É preciso planejar uma estratégia para filtrar apenas os termos referentes à marca, cadastrar um número maior de termos de busca e dedicar um tempo para separar apenas as ocorrências corretas", explica Diniz.

Então é preciso escolher um nome bizarro para se destacar?

Não necessariamente. Você não precisa colocar um X na frente do nome de sua empresa - como faz Eike Batista - para facilitar o monitoramento. O motivo: esta é uma dificuldade passageira. Pelo menos na opinião de Pedro Ivo Resende, diretor executivo da RIOT, primeira agência de redes sociais do Brasil. “Esse tipo de problema é, na minha opinião, um obstáculo temporário para o monitoramento de marcas, já que cada vez mais a tecnologia tem evoluído no aprimoramento de sistemas de busca que estão se tornando cada vez mais inteligentes”, analisa.

Resende cita o exemplo da marca Bob’s para mostrar como o monitoramento de uma marca é sempre um aprendizado, ou seja, “as buscas são redefinidas constantemente até chegarmos num modelo ideal e mais fiel ao universo da marca possível”.

Ao monitorar Bob's, a RIOT identificou que um grande volume de usuários que usavam a expressão “tô de bob's” no Twitter para divulgar aos amigos que estavam de “bobeira”, sem fazer nada naquele momento. “Passamos a excluir a busca por essa expressão, o que aperfeiçoou a operação, economizando horas do analista”, ressalta o diretor executivo da RIOT.

O que vale é conhecer a marca. Só assim para monitorar, de maneira correta e sem percalços, uma empresa de nome comum.

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São Paulo - Uma análise no site de busca social Topsy revela que existe uma média de aproximadamente quatro mil tuites com a palavra “oi” a cada hora. O número aumenta para quase cinco mil quando a palavra buscada é “claro”. Mesma média da palavra “vivo”. Como as empresas que possuem tais vocábulos em seus nomes lidam com o monitoramento de suas marcas nas redes sociais e na internet em geral? O Adnews conversou com especialistas para analisar tal situação.

Primeiramente, é preciso dar um nome ao que não deve ser coletado no monitoramento. O pessoal do Scup, empresa especializada em monitoramento e análise de marcas nas mídias sociais, por exemplo, nomeia este tipo de conteúdo de maneira bastante pertinente: eles são chamados de “lixo”.

Para se livrar do “lixo”, existe uma máxima ressaltada por todos os entrevistados: estratégia. “É impossível criar buscas que serão 100% assertivas inicialmente”, explica Deco Boaretto, analista de relacionamento com cliente do Scup.

Segundo Boaretto, é necessário criar diversas buscas e realizar testes para saber o que deve ou não ser procurado. “Quais tipos de itens estão sendo coletados? São interessantes? Está vindo muito ‘lixo’? Dos itens que realmente interessam, existem palavras ou expressões que sejam padrões (ou seja, aparecem em diversos itens), o nome da marca é mais comumente citado com alguma preposição antes?”, analisa.

Dependendo da empresa, há um nome para este tipo de estratégia. A SocialMetrix, especializada em Social Media Analytics, por exemplo, chama de Ontologia. “Ou seja, uma árvore de contexto relacionada à marca”, explica Adriana Karpovicz, account manager do grupo que tem marcas como Coca-Cola e Claro (na Argentina) no currículo.

De acordo com Adriana, é preciso relacionar a marca a tudo que envolve o produto, temáticas, características, campanhas e concorrência.


É claro que pequenas empresas podem realizar o monitoramento da marca manualmente. Entretanto, uma ferramenta profissional é indispensável quando vamos analisar uma grande marca, seus concorrentes e nichos de mercado, conforme explica Lucas Diniz, analista de social media marketing da Cadastra, agência de marketing digital especializada em Search Marketing (SEO e Links Patrocinados).

"É preciso planejar uma estratégia para filtrar apenas os termos referentes à marca, cadastrar um número maior de termos de busca e dedicar um tempo para separar apenas as ocorrências corretas", explica Diniz.

Então é preciso escolher um nome bizarro para se destacar?

Não necessariamente. Você não precisa colocar um X na frente do nome de sua empresa - como faz Eike Batista - para facilitar o monitoramento. O motivo: esta é uma dificuldade passageira. Pelo menos na opinião de Pedro Ivo Resende, diretor executivo da RIOT, primeira agência de redes sociais do Brasil. “Esse tipo de problema é, na minha opinião, um obstáculo temporário para o monitoramento de marcas, já que cada vez mais a tecnologia tem evoluído no aprimoramento de sistemas de busca que estão se tornando cada vez mais inteligentes”, analisa.

Resende cita o exemplo da marca Bob’s para mostrar como o monitoramento de uma marca é sempre um aprendizado, ou seja, “as buscas são redefinidas constantemente até chegarmos num modelo ideal e mais fiel ao universo da marca possível”.

Ao monitorar Bob's, a RIOT identificou que um grande volume de usuários que usavam a expressão “tô de bob's” no Twitter para divulgar aos amigos que estavam de “bobeira”, sem fazer nada naquele momento. “Passamos a excluir a busca por essa expressão, o que aperfeiçoou a operação, economizando horas do analista”, ressalta o diretor executivo da RIOT.

O que vale é conhecer a marca. Só assim para monitorar, de maneira correta e sem percalços, uma empresa de nome comum.

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