7 ações de marketing mascaradas que viralizaram
Assim como o filme “First Kiss” – o primeiro beijo entre estranhos, outras marcas utilizaram ações "mascaradas" para promover campanhas. Relembre alguns casos
Da Redação
Publicado em 13 de março de 2014 às 11h23.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h16.
Com mais de 13 milhões de views no YouTube, o “First Kiss”, vídeo sobre casais que não se conhecem trocando beijos, é, na verdade, uma campanha publicitária. O filme, que a princípio havia sido divulgado como projeto da diretora e fotógrada Tatia Pllieva, é uma ação da grife americana Wren para promover a coleção de outono 2014. "Como uma marca de roupas consegue 7 milhões de views [de acordo com o horário em que a matéria foi escrita] no YouTube em um dia? Fazendo com que 20 estranhos beijem um ao outro", diz o site. Veja o vídeo
Não era uma história de amor, e, sim, uma campanha de marketing . Polêmico, o vídeo “ Perdi meu amor na balada ” mobilizou diversos internautas que se sensibilizaram com a causa de um jovem que afirmou, por meio de uma série de três vídeos, que havia conhecido a mulher dos seus sonhos, mas não conseguia mais localizá-la. O drama não passou de uma campanha da marca finlandesa de celulares Nokia , que revelou a verdade apenas no último filme. A tentativa não agradou muito os consumidores, que, revoltados, acionaram o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) . Por fim, a Nokia ganhou a ação e não foi multada.
Muitos acreditaram que terceira segunda-feira de janeiro era mais triste do ano. A “ pesquisa ” se espalhou como se fosse uma descoberta matemática. O que poucos sabiam é que a ideia era nada mais que um anúncio de marketing do canal de TV britânico Sky Channel. Tudo começou com o release de um estudo de um certo psicólogo Cliff Arnall, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, que chegou à uma equação que apontaria o dia mais melancólico do ano. Publicado em 2005, o cálculo levaria em consideração a meteorologia do período, as dívidas realizadas no Natal, a queda da motivação e uma crescente cobrança para realizar conquistas no ano que se inicia. Por mais que janeiro possa ser um mês difícil, a pesquisa de Arnall não tem embasamento científico e foi feita por encomenda da anunciante, afirmam os jornais The Guardian e revista Inc. Seu artigo não fora publicado em nenhum jornal acadêmico, e sim diretamente em um material de divulgação da Sky Travel. E virou verdade depois disso.
Outro caso polêmico foi o suposto enterro do carro de luxo Bentley Continental Flying Spur do Conde Chiquinho Scarpa, em setembro do ano passado. O veículo é avaliado em 1,5 milhão de reais. Pelo Facebook , o Conde afirmou que, assim como os faraós do antigo Egito, enterraria um de seus grandes tesouros no jardim de sua casa, em São Paulo. O anúncio chocou muitas pessoas, que ficaram revoltadas com a possível ação. O caso, no entanto, era uma campanha de marketing para promover a doação de órgãos e tecidos, uma parceria entre o governo federal e a Associação Brasileira do Transplante de Órgãos. Após esclarecer a ação, o Conde ainda deixou um recado em sua página no Facebook, que dizia: “Eu não enterrei meu carro, mas todo mundo achou um absurdo quando eu disse que ia fazer isso. Absurdo é enterrar seus órgãos, que podem salvar muitas vidas. Nada é mais valioso. Seja um doador, avise sua família”.
A fuga de um homem pela janela de um prédio no centro de São Paulo, vestindo apenas uma cueca enquanto um casal discutia na sacada, foi parar no YouTube e, em poucas horas, se tornou um dos vídeos mais vistos e compartilhados na internet na época. O que poucos desconfiaram é que a suposta fuga do amante nada mais era que uma ação criada pela Salles Chemistri para divulgar a série “Paixões Perigosas”, do canal Discovery. A situação considerada inusitada rendeu discussões em programas populares de TV, blogs e jornais internacionais, como o Daily News.
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