Apresentar uma empresa no mercado para uma venda bem-sucedida demanda bastante trabalho antes da elaboração dos materiais sobre a empresa. (PM Images/Getty Images)
Colunista
Publicado em 23 de maio de 2023 às 11h33.
Última atualização em 20 de junho de 2023 às 23h30.
O tema governança corporativa ganhou visibilidade na década 1930 com a quebra da bolsa de Nova York em 1929. Os títulos emitidos por várias empresas no EUA perderam o valor. A confiança na integridade dos mercados de valores mobiliários despencou naquela ocasião.
Para restaurar a confiança, o congresso americano aprovou o Securities Act de 1933 e o Securities Exchange Act de 1934, que deram origem a Securities Exchange Commission (SEC), o equivalente a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No Brasil a estrutura de base das empresas é familiar e historicamente financiada com capital próprio. Com amadurecimento do mercado de capitais brasileiro, foi possível oferecer mais alternativas para financiar o crescimento das empresas e consequentemente, mais transparência e segurança aos seus investidores e acionistas.
Esse processo, portando tinha um caráter verificador e por muitos anos nas rotinas de conselho, os CEOs e executivos prestavam contas, solicitavam aprovações para investimentos e submetiam as decisões relacionadas ao controle das empresas.
Os aspectos estratégicos eram menos relevantes na pauta de governança. As mudanças de modelos de negócios e a evolução tecnológica trouxe desafios mais estratégicos e muitas empresas perderam o timing de transformação nas suas áreas de atuação, deixaram de existir ou perderam competitividade.
A governança corporativa passou a estar no centro do desenvolvimento e crescimento das organizações. Atualmente está presente em empresas de todos os tamanhos.
Os papeis estão sendo redefinidos à medida que os conselhos assumem um papel mais ativo na construção das decisões estratégicas atuando em conjunto com os executivos nas empresas. Não basta acompanhar os resultados, é preciso ajudar a construí-los.
Para debater sobre o que acontece atualmente nos conselhos e compartilhar boas práticas, o Ypocast recebeu os escritores do portal Líderes Extraordinários, Jorge Cardoso, conselheiro profissional e fundador da Neteam Consultoria e Marcelo Vidigal, fundador e CEO da Sales Impact.
Foram abordados principais desafios e oportunidades para estabelecer um papel estratégico da governança nas empresas, da importância de formação de um time com experiências complementares, diversidade, ética e o foco nos clientes como tema central da cultura organizacional.
O núcleo de governança do portal Líderes Extraordinários conta ainda com Olga Martinez, sócia e fundadora da Amélie Consultoria, Luis Giolo, que atua na sucessão de CEOs e conselhos no Brasil e membro do comitê global de marketing e avaliação de sócios na Egon Zehnder, Zizo Papa, cofundador da Trace Brasil; e Paulo Mendes, líder na América Latina da Heidrick & Struggles Executive Search.
Assista o episódio na íntegra: