4 formas de usar energia solar, reduzir a conta de luz e colaborar com meio ambiente
Há um enorme “cardápio” para todos os perfis de consumidores que buscam economia, blindagem contra bandeiras tarifárias e mais sustentabilidade
Colunista
Publicado em 12 de maio de 2023 às 16h30.
Última atualização em 12 de maio de 2023 às 17h22.
Ter energia solar em uma residência ou empresa, seja no meio urbano ou em propriedade rural, deixou de ser um luxo e uma medida meramente ambiental e tornou-se a principal, mais barata e mais acessível alternativa para redução de custo e ganho de competitividade.
Como contratar energia solar?
Hoje, a tecnologia fotovoltaica é democrática, chega em todas as faixas de consumidores no Brasil, é fácil de instalar e possui sistemas de contratação para suprimento de eletricidade limpa a partir de usinas remotas por meio de assinaturas e consórcios, além da possibilidade de estabelecer contratos de longo prazo, com maior previsibilidade e blindagem contra a chamada inflação energética.
Há um enorme “cardápio” de fornecimento e uso de energia solar para todos os perfis econômicos de consumidores que precisam e querem fugir da escalada das tarifas na conta de luz e da famigerada bandeira vermelha.
Como o preço dos equipamentos fotovoltaicos cai de forma significativa no mercado internacional, cerca de 80% de queda na última década, e o próprio painel solar passa por evolução tecnológica, que eleva a eficiência de produção de eletricidade, os projetos fotovoltaicos possuem alta taxa de retorno e é considerado hoje o investimento mais rentável entre os investimentos conservadores no Brasil e no mundo.
Para ter uma ideia, segundo dados do Portal Solar, o retorno de investimento em energia solar no telhado chega a ser em média 25% ao ano. Ou seja, é um investimento com alta taxa de retorno e, de fato, é bem mais vantajoso instalar um painel solar do que guardar o dinheiro em um banco. Isso sem falar que o imóvel com sistema fotovoltaico tem maior valor no mercado imobiliário.
Outra facilidade é a crescente oferta de crédito para financiamento de projetos fotovoltaicos, que deixa a parcela da prestação quase no mesmo valor economizado na conta de luz, eliminando assim a necessidade de ter recursos próprios para a instalação de painéis solares.
Há atualmente mais de 100 linhas de financiamento de sistemas solares para consumidores, incluindo bancos públicos, privados e cooperativas de crédito, o que têm ampliado o acesso à tecnologia por todas as camadas da sociedade, de todas as classes sociais.
Hoje, o Brasil possui 29 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, segundo dados da ABSOLAR. Atualmente, a solar é a segunda maior fonte do Brasil e representa 13,1% da matriz elétrica nacional.
A fonte solar já trouxe ao país cerca de R$ 143 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 39,4 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 868 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 37 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Veja as quatro modalidades de acessar a energia solar no Brasil
1 – Painéis solares em telhados (geração junto à carga)
No modelo mais comum de geração solar distribuída, o consumidor gera a sua própria energia no mesmo local em que consome, com sistemas instalados nos telhados ou em terrenos próximos.
É a chamada geração junto à carga ou consumo local. O consumidor utiliza a energia dos painéis solares e o excedente é exportado para rede elétrica, gerando créditos que podem ser utilizados no período noturno ou em momentos em que não há geração nos equipamentos.
2 – Energia solar remota: assinatura e consórcio
Uma das grandes vantagens da energia solar é a flexibilidade e o modelo democrático de acesso. Há no país, por exemplo, a possibilidade de se contratar a energia solar via assinatura, da mesma forma como se faz com internet e tv a cabo, por exemplo, ou por meio de consórcios entre consumidores.
O serviço permite levar energia limpa e barata para imóveis alugados, locais sem cobertura para instalação de painéis solares e condomínios empresariais verticais, além de excluir a necessidade de investimento próprio num sistema fotovoltaico. A economia na conta de luz chega a ser em torno de 15%.
3 – Ter a própria usina solar remota (autoconsumo remoto)
Nesta modalidade, o consumidor, sobretudo pequenos e médios negócios, pode ter sua própria usina solar em outro local, a partir de contrato com uma empresa especializada no desenvolvimento desses projetos.
Essa usina pode abastecer várias unidades consumidoras, como rede de lojas e de franquias, por exemplo, desde que os estabelecimentos possuam a mesma titularidade, seja de pessoa física ou jurídica, e estejam dentro da área de concessão da distribuidora de energia onde a usina foi conectada.
4 – Contratação de energia solar no mercado livre
Os grandes consumidores de energia elétrica, como shoppings centers, indústrias e hipermercados, por exemplo, podem comprar energia limpa e renovável, como a solar, no chamado mercado livre – ou Ambiente de Contratação Livre (ACL).
Esses estabelecimentos podem escolher o próprio fornecedor de eletricidade por meio de contratos de longo prazo, os PPAs (Power Purchase Agreement), com as comercializadoras de energia, que fazem toda a gestão entre consumidores e geradores de energia renovável. Aqui também a economia chega a 20% na conta de luz.
Enfim, como se pode ver, é muito fácil ter acesso à energia solar, limpa, renovável e barata. Há atualmente cerca de 30 mil empresas especializadas em projetos e instalação de sistemas solares em residências e estabelecimentos comerciais. Essa instalação é rápida, bastando apenas 24 horas em um projeto em telhado, e não gera quase nenhuma necessidade de manutenção.