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Os melhores e os piores investimentos de junho

Entre os destaques estão títulos IPCA+ 2035 e 2045, além de fundos de ações Valor/Crescimento

Os piores investimento do mês foram a aplicação no Tesouro IPCA+ 2024 e fundos multimercado que investem no exterior (Paulo Whitaker/Reuters)

Marília Almeida

Publicado em 30 de junho de 2021 às 19h36.

Última atualização em 1 de julho de 2021 às 17h51.

Os títulos Tesouro IPCA+ 2035 e 2045 lideraram o ranking dos melhores investimentos em junho na renda fixa, com rentabilidade média de 1,10%, bem acima da referência da categoria, o CDI, que registrou variação de 0,28%.

A rentabilidade desses títulos está atrelada à inflação, medida pela variação do IPCA. Ou seja, essas aplicações oferecem rendimento igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros.

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Já entre os melhores investimentos de renda variável que não englobam a compra direta de ações os fundos de ações do tipo Valor/Crescimento ficaram no topo do ranking, com alta de 1,86% no mês.

Os fundos de ações Valor/Crescimento buscam retorno por meio da seleção de empresas cujo valor das ações negociadas esteja abaixo do “preço justo” estimado e aquelas com histórico e perspectiva de continuar com forte crescimento de lucros, receitas e fluxos de caixa em relação ao mercado.

Veja abaixo o ranking da renda fixa e da renda variável:

Melhores investimentos em renda fixa: junho/2021

Investimento Desempenho em junho (em %) Desempenho em 12  meses (em %)
Tesouro IPCA+ 20351,111,34
Tesouro IPCA+ 20451,110,38
Fundos de renda fixa - duração alta - grau de investimento0,7414,35
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 20350,618,66
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 20500,379,82
Tesouro Selic 20250,361,45
Tesouro prefixado 20250,33-2,16
Fundos de renda fixa - duração baixa - grau de investimento0,32,45
Poupança0,21,6
Tesouro prefixado 2023-0,03-0,29
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2045-0,1110,08
Tesouro IPCA+2024-0,265,44

Referência

Índice Desempenho em junho (em %) Desempenho em 12 meses (em %)
CDI0,262,16

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 25 de junho, dado mais atual disponível na Anbima.
*O desempenho mensal dos títulos e da poupança se refere aos últimos 30 dias até a data de fechamento, nos dias 28 e 29 de junho, respectivamente.

Melhores investimentos em renda variável: junho/2021

Investimento Desempenho em junho (em %) Desempenho em 12 meses (em %)
Fundo de ações Valor/Crescimento1,8629,43
Fundos de ações livre1,1331,53
Fundo de ações índice ativo0,3732,43
Multimercado livre0,329,67
Fundo de ações investimento no exterior0,2733,09
Multimercado investimento no exterior-0,4810,1

*A rentabilidade dos fundos vai até o dia 25 de junho, dado mais atual disponível na Anbima.

Referência

Índice Desempenho em junho (em %) Desempenho em 12 meses (em %)
Ibovespa0,4635,13

Acontecimentos que abalaram os investimentos

Junho foi marcado por mais uma alta da taxa básica de juro, a Selic. O Copom resolveu subir a taxa em 0,75 ponto percentual, para 4,25% ao ano.

Oto Silva, gestor de multimercado e renda fixa da SulAmérica, aponta que o Ibovespa encerrou o mês "de lado" por conta do anúncio de uma possível tributação sobre juros sobre lucro próprio e dividendos, que afeta a atratividade das empresas listadas, ao mesmo tempo que houve uma nova revisão de alta para o PIB neste ano.

Já na renda fixa o diferencial de juros curtos e longos caiu. Caso a pressão da inflação continue a aumentar, as NTNBs de curta duração não devem sofrer tanto com a abertura de taxas e se beneficiam com IPCA mais gordo.

"Portanto, esses títulos podem agregar maior valor para a carteira de renda fixa do investidor, enquanto, neste mesmo cenário, títulos prefixados tendem a continuar a sofrer", explica Silva.

Piores investimentos em junho

O pior investimento na renda fixa no mês foi a aplicação no Tesouro IPCA+ 2024.

Osfundos multimercado que investem no exterior foram as aplicações de renda variável que renderam menos no mês. Essas aplicações desvalorizaram 0,48% em junho, em um mês no qual o real valorizou ante o dólar.

O que ponderar ao investir

Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que a rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos considera a rentabilidade bruta das aplicações, sem descontar o imposto de renda (IR).

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor

Nas aplicações em fundos de ações, há IR de 15%. Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.

Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. A poupança não tem cobrança de IR.

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