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Itaú BBA vê Ibovespa a 145.000 pontos com juro de um dígito

O Ibovespa sobe mais de 12% no acumulado do ano, mas negocia a 8,1 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses

Itaú BBA: Equatorial, Localiza, GPS, Banco do Brasil e Suzano são as empresas preferidas do Itaú (Germano Lüders/Exame)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 16 de novembro de 2023 às 14h44.

Última atualização em 16 de novembro de 2023 às 17h47.

O Itaú BBA espera que uma recuperação no lucro das empresas brasileiras e perspectivas para uma taxa Selic de um dígito ao fim do atual ciclo de flexibilização monetária impulsionem o mercado de ações do país, que ainda negocia bem abaixo das médias históricas, de acordo com Daniel Gewehr, chefe de estratégia de ações para Brasil do banco.

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Gewehr, que começou no Itaú no mês passado e acaba de divulgar seu primeiro relatório, projeta que o índice Ibovespa encerre o ano que vem a 145.000 pontos, sugerindo uma alta de 18% em relação ao fechamento de terça-feira de 123.165,76 pontos. Considerando o dividend yield potencial, o retorno total sobe em torno de sete pontos percentuais, segundo ele.

“O momentum operacional das companhias tende a melhorar e voltaremos a ter crescimento de lucro. Parece que estamos chegando no fundo do poço desse ciclo”, disse Gewehr, em entrevista. “Em uma escala de 0 a 10 — com 10 sendo mais otimistas —, estamos 7 em Brasil.”

O Ibovespa sobe mais de 12% no acumulado do ano, mas negocia a 8,1 vezes o lucro projetado para os próximos 12 meses, abaixo da média histórica de 10 anos de 11,0 vezes, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Gewehr também destaca o posicionamento técnico leve, citando que os ativos sob gestão dos fundos de ações no Brasil atualmente representam 8% do total da indústria, abaixo dos 11% da última década. Os FIAs devem parar de sofrer com resgates e, aos poucos, tendem a começar a ver entradas líquidas, disse Gewher, que tem passagens por Wealth High Governance, Santander e Gerval Investimentos.

Equatorial, Localiza, GPS, Banco do Brasil e Suzano são os nomes preferidos na bolsa brasileira.

“Estou querendo ficar um pouco mais cíclico” dado que bancos e empresas ligadas à economia doméstica devem apresentar crescimento de lucro, enquanto o setor de commodities registra alguma queda, disse Gewehr. “Mas temos preferido nomes com rentabilidade sobre patrimônio ou retorno sobre o capital investido relevantes.”

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