Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
O universitário gaúcho Diego Traesel Coelho, de 23 anos, cuida do próprio dinheiro desde os 10 anos, quando ganhou uma caderneta de poupança da avó. Aos 18, descobriu os fundos de investimento. Aos 20, fez a estréia no mercado acionário. Amealhou um patrimônio de 50 000 reais e, claro, quer mais. "Ainda vou investir em derivativos", diz. Mas não tem pressa. Mora com os pais em Porto Alegre, trabalha no departamento financeiro da Copesul, em Canoas, e aplica 40% de sua renda anual de 30 000 reais. "Diego é representante da nova geração de investidores", diz Octavio Faria, superintendente da consultoria financeira Maxblue. "Não sentiu no bolso o poder corrosivo da inflação e aprendeu conceitos básicos de finanças navegando pela internet." Jovens com esse perfil já representam cerca de 10% dos investidores -- uma minoria com horizonte para arriscar. "Nessa idade, seria um desperdício não ser agressivo", diz Sergio Manoel Correia, analista da LLA. Despojados de obrigações com família e com tempo para recuperar eventuais perdas, investidores como Traesel podem deixar de lado aplicações mais seguras, como fundos DI, e colocar mais capital nos fundos de derivativos e de ações. Vale também montar carteiras com papéis para o longo prazo. "É interessante escolher ações de empresas vencedoras e fazer uma estratégia de ganho sobre os dividendos", diz a consultora de investimentos Márcia Dessen. E nada de ter pressa em morar sozinho e empatar o dinheiro na compra de um imóvel, aconselha João Herreros, diretor da consultoria financeira Mony, de São Paulo: "Quem vive com os pais poupa mais".
O que ele faz | O que deveria fazer |
recursos em fundos DI |
|