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Título prefixado com vencimento em 2021 dobra valor aplicado

A taxa aplicada para os cinco anos e seis meses equivale a um rendimento total de 93,10%, ou quase o mesmo que o valor aplicado


	Não entram na conta os custos de custódia e taxas cobradas pelas corretoras na aplicação do Tesouro Direto
 (Thinkstock)

Não entram na conta os custos de custódia e taxas cobradas pelas corretoras na aplicação do Tesouro Direto (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 18h41.

São Paulo - A Letra do Tesouro Nacional (LTN), papel com juros prefixados, que paga 12,71% ao ano nas aplicações até janeiro de 2021, garante ao investidor praticamente dobrar o valor investido.

A taxa aplicada para os cinco anos e seis meses equivale a um rendimento total de 93,10%, ou quase o mesmo que o valor aplicado.

Descontando desse rendimento um imposto de 15%, o ganho líquido para o investidor cairia para 79,13%, ainda um retorno considerável com a garantia do Tesouro Nacional.

Não entram na conta os custos de custódia e taxas cobradas pelas corretoras na aplicação do Tesouro Direto.

O título é um dos preferidos do estrategista de multimercados da Fator Administração de Recursos (FAR), Paulo Gala.

Ele acredita que os juros dos títulos públicos vão cair nos próximos anos, acompanhando as medidas de ajuste anunciadas pelo governo, e que farão a inflação convergir para o centro da meta, de 4,5% ao ano.

Nesse caso, o investidor travaria o rendimento atual por um prazo mais longo.

Mas há sempre os riscos de que o cenário de maior controle da inflação e juros menores não se confirme. Mas, se a inflação ficar em 6,5% ao ano, no teto da meta, por exemplo, esse juro de 12,71% equivaleria a um ganho real de 5,83% ao ano.

Já se o IPCA cair para 5%, ainda acima do teto da meta, o juro real ficaria em 7,3% ao ano.

Outros fatores poderiam influenciar as taxas dos papéis federais, como os juros nos Estados Unidos.

E há ainda a disposição do Banco Central (BC) de forçar o mercado a reduzir suas projeções para a inflação do ano que vem de 5,5% para 4,5%, o que pode levar os juros para 14,5% este ano.

Um juro mais alto agora, indicando uma disposição mais dura do BC em combater a inflação e uma indicação de ajuste fiscal tenderiam, porém, a reduzir mais as taxas de longo prazo dos papéis do governo.

De qualquer jeito, os juros oferecidos hoje representam uma oportunidade de diversificação de longo prazo para uma parte das aplicações de renda fixa, dizem analistas.

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